terça-feira, 28 de junho de 2011

Problema por Falta de Problemas

Quem não gostaria de uma semana – ou um único dia - sem ter que enfrentar problemas ou desafios? Parece que não podemos sair da cama pela manhã sem ter que lidar com algum tipo de problema: acordar com um resfriado daqueles; a caminho do trabalho começa a chover e o guarda-chuva ficou em casa; determinados a concluir importante tarefa antes do prazo e descobrir que o colega deixou de fazer sua parte na proposta.

Alguns dias parecem confirmar a Lei de Murphy: tudo o que pode acontecer de errado vai acontecer. Por que não podemos desfrutar das delícias de uma existência livre de problemas? Uma resposta é óbvia: somos apenas humanos. Cometer erros faz parte da “lista de tarefas” dos seres humanos. Vivendo num mundo imperfeito e imprevisível, problemas são inevitáveis.

Mas talvez exista uma razão maior, mais imperativa, para a existência dos problemas. Quem sabe até mesmo um benefício. Vemos exemplos na natureza. A lagarta forma o casulo por instinto. Mas para que seja bem-sucedida e se transforme em borboleta precisa enfrentar um problema: lutar para sair do casulo. Artesãos podem confirmar que a madeira é mais rija e útil quando produzida em ambientes difíceis, onde condições climáticas adversas (problemas) levam a árvore a crescer mais lentamente; mas ao mesmo tempo, mais forte.

No ambiente de trabalhodescobrimosuma realidade: aprendemos mais através do fracassodo quedo sucesso. “Não trabalhei com o empenho devido”;“Omitidetalhe fundamental”;“Subestimei a concorrência (ousuperestimei o mercado)”.Aoexperimentar osucesso podemos não saber se foi decorrência de boa fortuna– estar no lugar certo, na hora certa – ou defatores fora do nossocontrole.

Problemas têm um jeito peculiar de moldar nosso caráter, ainda que o processo exija humildade ou mesmo humilhação. A Bíblia nos exorta:“Não se achem melhores do que realmente são...” (Romanos12.3). Problemas nos lembram nossas limitações, dissipando nossas pretensões de auto-suficiência. Seja em questões de saúde ou financeiras, lutando com decisões além da nossa capacidade, acabamos por tomar consciência que precisamos de ajuda. Assim, ao se deparar com problemas que o deixam angustiado, considere:

Problemas devem ser encarados de forma positiva. Ao invés de murmurar, devemos aceitar os problemas e procurar colher valores positivos ao trabalhar para resolvê-los.“Não só isso, mas também nos gloriamos nas tribulações, porque sabemos que a tribulação produz perseverança; a perseverança um caráter aprovado; e o caráter aprovado, esperança” (Romanos 5.3-4).

Problemas estimulam o senso de equipe. Um grupo de bois trabalhando em conjunto move mais peso do que cada animal sozinho. Problemas atestam que podemos realizar mais coletivamente do que individualmente. “Dois homens podem resistir a um ataque que derrotaria um deles se estivesse sozinho. Uma corda de três cordões é difícil de arrebentar” (Eclesiastes 4.12).

Problemas podem nos levar para Deus. Sem problemas cremos que podemos lidar com qualquer coisa. Mas ao enfrentar circunstâncias difíceis, nossa inadequação torna-se evidente, levando-nos a recordar que necessitamos da intervenção de Deus.“A minha graça é tudo o que você precisa, pois o Meu poder é mais forte quando você está fraco” (2 Coríntios 12.9).

Por Robert J. Tamasy
No Blog da Pastora Katucha

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Toda Dor





Toda dor represei dentro de mim
A ira de Deus o cálice sofri
Meu espírito plantei
Vi a semente brotar
Renascer a esperança perdida
É eu vim!
Resgatar, redimir a criação
Rasgar o véu, a morte destruir
Pra ver o homem renascer
Quis minha vida entregar
Teu lugar, tua cruz assumi e sentir
Toda dor, toda dor, toda dor...
As trevas me envolveram
E a terra se abriu
Todo céu escureceu
A morte eu vi
Consumado está
As profecias cumpri
Ao terceiro dia ressurgi
(toda dor...por amor...)
Vou voltar pra julgar a criação
Inferno ou céu as trevas ou a luz
Teu espírito colher
Vem tua vida entregar
Teu lugar, tua cruz assumi e sentir
Toda dor

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Descomplicando a homilética


Descomplicando a homilética

A arte da pregação sempre foi um desafio aos preletores principiantes e também aos já mais experimentados. Afinal, para ser um bom pregador, o conhecimento bíblico mesmo sendo fundamental, não pode ser o único requisito. Faz-se necessário, de igual modo, uma informação mínima em homilética. Apesar de não desejar ser definitivo sobre a matéria, este post visa trazer alguns subsídios ao iniciante pregador em forma de dicas.

 
1)    Preocupamos-nos muito em “prender” a atenção dos nossos ouvintes. A ciência da comunicação afirma que as pessoas se dispõem naturalmente a ouvir o pregador nos primeiros cinco minutos, em media, da prédica. Ou seja, não há necessidade de atrair já no inicio da mensagem uma atenção que o ouvinte já está dando.

2)    Quando estou pregando, para onde devo fixar meus olhos? Já nos fizemos esta pergunta recorridas vezes, mas não existe uma regra definida. Importante é buscar olhar nos olhos das pessoas que nos ouvem, mas não por muito tempo e nem seguidas vezes para a mesma pessoa. Há pregadores que dividem mentalmente a audiência em quatro partes iguais e olham alternadamente para o centro de cada quadrante.

3)    Sobre o que vou pregar hoje? Nenhuma regra pode interferir nesta resposta. O tema e conteúdo de um sermão sempre serão fruto de oração e orientação divina. Como sugestão, e apenas isto, poderia ser recomendado para quem está começando o sistema americano de pregação: O que é? Pra que serve? E como adquirir? Simples; vou falar sobre fé? O que é a fé? Pra que serve a fé? E, como adquirir a fé?

4)    Ainda sobre o sermão. Não poucos pregadores fazem uso de comparações para ilustrar verdades bíblicas. Já dizia o Drº Myer Pearlman que um sábio da antiguidade fez uso da seguinte frase: “Toda comparação manca.” Até as melhores são inadequadas, segundo Pearlman. É válido o uso de comparações em uma mensagem cristã. Todavia, a comparação é como um palito de fósforo para quem está num quarto escuro procurando o interruptor. Ele só serve até ligarmos a luz.

5)    O nervosismo é comum para quem se dispõe a pregar. Mas ele pode ser vencido com oração e com a prática da pregação. Um recurso que pode ser usado é caminhar pela plataforma, isto transmite tranqüilidade por parte do pregador e afasta a insegurança.

6)    É previsível que no decorrer de um sermão, a audiência perderá o nível de atenção e isto não está necessariamente relacionado ao pregador ou ao conteúdo de sua prédica. É natural que o ser humano não consiga manter-se atento por muito tempo. Uma alternativa aqui seria adotar rapidamente um tom jocoso, fazer uma leve descontração, e continuar com a mensagem. A maioria dos preletores tem seus meios próprios de atrair a atenção das pessoas quando ela começa a diminuir, e isto só se adquire com o tempo.

7)    A voz é uma ferramenta do pregador. Cuide dela e use-a adequadamente durante sua pregação. Evite falar no mesmo tom de voz o tempo todo. Faça uso dos recursos da sua voz. As alterações calculadas no timbre vocal, as pausas na fala e as várias entonações devem ser exploradas pelo pregador.

8)    Há pregadores que se ressentem de não serem eloqüentes oradores. No entanto a experiência, a observação e até a história da Igreja tem mostrado que tais obreiros acabam sendo muito usados em sinais e milagres. Isto não é necessariamente uma regra sólida e dogmática, embora seja comum que pregadores que não sejam usados na Palavra o são em operação de milagres.

9)    Há situações em que o pregador é convidado a ministrar a palavra em outras igrejas e congregações que não a sua. Independente do tempo que lhe foi reservado para sua prédica, seria recomendável preparar material a mais para o sermão. Isso facilita a vida do pregador em emergências que possam ocorrer.

10)   O final de um sermão deve ser anunciado com sutileza, mas de forma clara. Ao fim de uma prédica o nível de atenção se torna tão alto como no inicio dela. Neste momento de encerramento é importante salientar os pontos principais da pregação, aqueles que o pregador gostaria que seus ouvintes guardassem. O sermão como mensagem de Deus para os homens que é, sempre deve levar o ouvinte ao auto questionamento. Por isso é recomendável terminar uma pregação com um apelo.

Pablo Geovani

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Aman, Emeth e Emunah


Durante o seu profícuo trabalho de compilação da sua Exaustiva Concordância, o Drº James Strong catalogou sob o numero 0539 a palavra hebraica !ma aman. Seguem abaixo algumas das muitas definições que Strong lhe atribuiu:
Apoiar, confirmar, ser fiel, pilares, suportes da porta, ser estável, ser carregado, firmar, confirmado, estável, seguro, firmado, certificado, duradouro, confiar, crer, manter, nutrir.
O verbo aman aparece, por exemplo, no célebre texto de II Crônicas 20:20b
“Crede no Senhor, vosso Deus, e estareis seguros; crede nos seus profetas e prosperareis.”
Neste versículo todas as menções do verbo aman apontam para o conceito de se fixar raízes, fazer repousar a fé. Aliás, de aman deriva a palavra emunah, que significa fé!
A forma causativa deste verbo conduz para a idéia de crer, ser achado em condições de confiar. Mas talvez a forma derivada mais conhecida de aman seja amém. Amém é palavra recorrente em nossas orações! Esta palavra imprime total confiança em Deus. Em suas formas hebraica e grega, amém ocorre por volta de 50 vezes em toda a Bíblia.
Uma outra característica do verbo aman é a sua forma contrata emeth, que significa segundo Strong 0571:
Firmeza, verdade, certeza, credibilidade, estabilidade, constância, fidelidade, confiabilidade, em verdade, verdadeiramente.

Como Deus criou todas as coisas e as fixou de forma atraente e bela, vale lembrar uma ilustração do Drº em hebraico, Pastor Marcelo Oliveira:
Emeth é a definição hebraica para verdade. Esta palavra de três letras começa com alef, a primeira letra do alfabeto hebraico, tem no meio a letra men, que é também letra do meio do mesmo alfabeto, e encerra com tav, de mesmo modo ultima letra do alfabeto hebreu.

Pablo Geovani