sexta-feira, 15 de março de 2013

Agostinho e a cura de Paulus e Palladia



Santo Agostinho (354-430) é considerado o mais importante dos pais da Igreja. Seus escritos estabeleceram os fundamentos do pensamento e da teologia dos cristãos. Ele falava apaixonadamente a respeito da validade da fé e trabalhava arduamente para expor e destruir as primeiras heresias que estavam sorrateiramente na igreja. Agostinho deixou vários livros, 500 sermões e uma centena de cartas. Nascido em 354 d.C. na cidade de Tagaste, no norte da África, Agostinho viveu dissolutamente em prostituição e à procura de respostas para os problemas da vida por meio da filosofia secular. 

Certo dia, enquanto meditava em um jardim, ouviu uma voz que lhe falava: “Pegue e leia”. Ele pegou o manuscrito e abriu em Romanos 13.13,14. O que leu penetrou sua alma e teve início sua jornada em direção a Deus. Foi ordenado sacerdote em 391 e em 396 se tornou bispo de Hipona. 

Embora Santo Agostinho tenha sido o primeiro teólogo a firmar uma teoria de descontinuidade em relação aos milagres, ele logo teve que mudar de ideia. Num domingo de Páscoa, um milagre notável aconteceu em sua igreja, em Hipona. Um jovem chamado Paulus foi curado de convulsões milagrosamente diante dos olhos da congregação. No dia seguinte, a irmã deste, Palladia, também foi curada. A seguinte descrição dos momentos que seguiram as curas é uma das cenas mais fulgurantes em toda a literatura dos pais da Igreja:
“Então, todos irromperam em uma oração de gratidão a Deus. Toda a igreja ressoou com a manifestação de alegria”. 

Agostinho tomou o jovem nos braços e beijou-o ternamente. A congregação teve reação similar no dia seguinte quando a irmã de Paulus foi curada de modo semelhante. Agostinho continua sua descrição como testemunha ocular:

“Tamanho milagre surigu de homens e muheres reunidos que as exclamações e as lágrimas pareciam que nunca chegariam ao fim [...]. As pessoas erguiam louvores a Deus sem palavras, mas com tal barulho que nossos ouvidos mal podiam suportar. O que havia no coração desta multidão barulhenta senão a fé do Cristo, pela qual Santo Estevão verteu seu próprio sangue?” 


Vi no site Davar Elohim