domingo, 29 de maio de 2011

Provas extra-bíblicas da existência de Jesus Cristo

Jesus Cristo realmente existiu?

Além das Sagradas Escrituras, podemos contar com outras provas? Responde-nos
Don Stwart: "Várias fontes, além do Novo Testamento, fazem menção de Jesus.
São consideradas fontes secundárias, porque não se baseiam em testemunho
pessoal dos acontecimentos da vida de Cristo. Mesmo assim, têm seu valor,
porque: 1. Dão provas de que Jesus existiu. 2. Confirmam o registro básico da
vida de Jesus, documentado no Novo Testamento.

Flávio Josefo (37-100 AD) Excetuando o Novo Testamento, o mais antigo
depoimento sobre Jesus que sobreviveu até hoje é o do escritor judeu Flávio
Josefo. Disse ele: "Havia por esses dias um homem sábio, Jesus, se é que é licito
chamá-lo de homem, pois operava maravilhas - mestre de homens que acolhiam
a verdade com prazer. Atraiu a si muitos judeus como também muitos gentios.
"Ele era Cristo; e havendo Pilatos, por sugestão dos principais do nosso meio,
sentenciado-o à cruz, aqueles que antes o amavam não o abandonaram, pois
apareceu-lhes vivo novamente ao terceiro dia. Isto os profetas Divinos haviam
predito, bem como dez mil outros fatos maravilhosos a seu respeito; e a tribo dos
cristãos, de quem tomam emprestado o nome sobrevive até hoje (Antiquites,
VIII, III).
"Questiona-se a exatidão desta passagem, porque Jesus é mencionado como o
Messias (o Cristo). Inteiramente autêntica ou não, ela é testemunho de que Jesus
existiu.

Thallus (c. 52 AD). Thallus foi um historiador samaritano cujos manuscritos não
subsistiram até os nossos dias. Porém outro escritor - Júlio Africano (221 AD)
- cita os escritos de Thallus, dizendo que este tentou dar uma explicação
satisfatória do período de três horas de escuridão que ocorreu durante a
crucificação de Cristo: "Thallus atribuiu, no terceiro livro de suas histórias, essa
escuridão a um eclipse solar - no meu entender é um absurdo."
"A tentativa de Thallus explicar o período de três horas de trevas comprova que
tal evento ocorreu. Sua explicação física é inadmissível, porque Cristo morreu na
época da Páscoa, quando era lua cheia; e não pode haver eclipse solar em
período de lua cheia. Temos uma dívida com Júlio Africano por nos proporcionar
este vislumbre dos escritos de Thallus.

Mara Bar-Serapion (após 73 AD). O museu Britânico possuí em
seu acervo uma carta escrita no primeiro século AD por um pai ao filho que
estava preso. O pai faz uma comparação entre as mortes de Sócrates, Pitágoras
e Jesus: "O que os judeus ganharam executando seu sábio Rei? Logo após esse
fato o reino deles foi destruídos... Mas Sócrates não morreu de vez; continuou
vivo nos ensinamentos de Platão. Pitágoras não morreu de vez; continuou vivo na
estátua de Hera. Tampouco o sábio Rei morreu de vez; continuou vivo nos
ensinamentos que transmitiu."

Plínio, o Moço (C 112 AD). Plínio, o Moço, era governador da Bitínia. Escreveu
uma carta ao Imperador Trajano, onde dizia ter matado grande número de
cristãos. Disse a respeito deles: "Tinham o hábito de se reunir em dia
determinado antes do amanhecer; cantavam um hino a Cristo, em estrofes
alternadas, como se fosse a um deus, e faziam o juramento solene de não
praticar o mal e nunca negar a verdade quando interpelados" (Epistles, 96).

Suetônio (c. 120 AD). Suetônio era secretário da corte do Imperador Adriano.
Escreveu a Cláudio César: "Como os judeus estavam constantemente provocando
distúrbios, instigados por Chestus (grafia alternativa de Cristo), ele os expulsou
de Roma (Life of Claudius 25.4). Suetônio também escreveu: "Nero fez os
cristãos serem punidos, sendo esses um grupo que aderiu a uma superstição
nova, nociva" (Lives os the Caesas, 26.2)."
Fonte: Maturidade Cristã nº 26 (2º trim. 1991)

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Pilatos, a biografia de quem se calou...

 
Inscrição com nome de Pôncio Pilatos



Latim, Armado com um dardo.. Foi governador romano na Judéia (26 a 36 A.D.), durante o reinado de Tibério César, Mt 27:2; Lc 3:1. Conhece-se Pilatos pelos dez anos que governou. Era um cruel vice-rei romano, irritando o povo por sua dureza. Era do tipo de governantes dos tempos de Napoleão, os quais sempre olhavam para o imperador, querendo ganhar seu favor. Para tais, como Pilatos, a vontade do imperador lhes serve como lei. Se Tibério o queria, havia uma só resposta: "Sim". Se Tibério não o queria, então a única resposta era: "Não". Contudo, tal consciência, por fim, resulta na sua derrota. Foi assim com Pilatos. Tibério o chamou para comparecer em Roma. Mas Tibério faleceu antes de dar audiência a Pilatos. Então,  ignorado por todos, aborrecido por aqueles que o conheciam melhor, este homem sem Tibério e sem consciência, suicidou-se. Sem dúvida, no desespero de ver falharem seus planos, tão perto do cumprimento, havia a lembrança de certo rosto, de certo Prisioneiro, de certo Sentenciado, de certa execução por crucificação. Como pode esquecer-se do dia em que experimentara, em vão, limpar as mãos, lavando-as com água? Como pode esquecer-se do dia em que o céu se escureceu e os homens viram a natureza testemunhar contra o seu ato da mais baixa injustiça?!

Fonte: Pequena Enciclopédia Bíblica - Orlando Boyer

terça-feira, 24 de maio de 2011

Substantivos Segolados




Quando comecei estudar hebraico bíblico, me deparei com este termo interessante: os segolados. Embora o entendimento pleno destes substantivos seja fundamental para o aprendizado do hebraico, pronunciar ou escutar o termo segolados causava uma sensação muito engraçada. A definição dos substantivos segolados é a que segue.
Segolados são substantivos bissilábicos coma características especiais:
·         Quando no singular, sempre são acentuados na primeira silaba, e elas podem ser da classe a, e ou o.
·         A segunda silaba sempre será um segol (ah, é daí que vem o nome). Segol é uma vogal hebraica que tem o som de e breve, como o som na palavra “era”.
·         As formas plurais destes substantivos possuem particularidades que lhe são bem próprias.
Mas o que marcou bastante, foi o fato da grande maioria dos exemplos de segolados, serem substantivos que estão diretamente ligados à Pessoa de Deus. A lista de palavras que exemplificavam a lição trazia palavras que podiam ser associadas facilmente ao Senhor. Todos foram extraídos da minha gramática hebraica, e que expressam bem a impressão que tive.

Estudar hebraico bíblico é uma aventura deslumbrante!

Recomendo os livros: Hebraico Bíblico - Uma Gramática Introdutória do Drº Page H. Kelley, e Manual da Bíblia Hebraica: Introdução ao Texto Massorético – Guia Introdutório para a Bíblia Hebraica Stuttgartensia, do Drº Edson de Faria Francisco, bem como o site http://www.bibliahebraica.com.br/

segunda-feira, 23 de maio de 2011

As Sete Igrejas do Apocalipse




Nome Igreja e Significado
Historia da Igreja
Elogios
Crítica
Instrução
Promessa e Galardão
Éfeso – Ap. 2:1-7
Desejável
Igreja primitiva, autêntica
Rejeição do mal, paciência e perseverança
O amor por Cristo não é mais ardente
Voltar a fazer as obras que antes fazia
Direito à arvore da vida
Esmirna – Ap. 2:8-11
Mirra
Igreja perseguida.
Suportou o sofrimento
Nenhuma
Ser fiel até a morte
A coroa da vida
Pérgamo –
Ap. 2:12-17
Péssimo casamento
Igreja “casada” com o Estado
A perseverança na fé no Senhor Jesus Cristo
A tolerância à imoralidade, à idolatria e às heresias
Arrepender-se
O maná escondido e a pedra branca com o novo nome
Tiatira – Ap. 2:18-29
Sacrifício continuo
Igreja da idade das trevas
A intensificação do amor, do serviço, da fé e da paciência maior que o inicio
A tolerância à imoralidade e ao culto idólatra
Juízo futuro; manter a fé
A soberania sobre as nações e a estrela da manhã
Sardes – Ap. 3:1-6
Remanescente, os que escapam
Igreja da Reforma
A perseverança na fé por parte de alguns
Morte da igreja
Arrepender-se e obedecer a Deus
A honra e as vestes brancas
Filadélfia –
Ap. 3:7-13
Amor Fraternal
Igreja das Grandes Missões modernas
A perseverança na fé e na Palavra de Cristo, e a honra ao Seu nome
Nenhuma
Guardar a fé
Lugar na presença de Deus, novo nome e acesso para a Nova Jerusalém
Laodicéia – Ap. 3:14-22
Direito e governo do povo
Igreja atual
Nenhum
A indiferença
Zelar e arrepender-se
O compartilhar do Trono de Cristo

segunda-feira, 16 de maio de 2011

O autor de Hebreus.



Eis uma pergunta que certamente ficará sem resposta. A epístola chegou até nós de forma anônima, e assim permanecerá. O mais próximo da autoria que podemos chegar é o que está nas palavras de Orígenes, quando diz: “Só Deus sabe ao certo quem escreveu a epístola.”
A Igreja em Alexandria, no Egito acreditava seguramente que Paulo fosse seu escritor. Tertuliano, célebre pai da Igreja opinou a autoria de Barnabé. O Drº Martinho Lutero foi o primeiro a sugerir o nome de Apolo, posição que foi adotada por teólogos contemporâneos do reformador. E há ainda, também, a menção do nome de Priscila.
Vamos começar pelas damas. São fortes as evidencias em favor de Priscila, tendo em vista a sua forte posição de liderança na Igreja de Corinto (I Coríntios 16:19) bem como sua tão manifesta autoridade (Atos 18:26). No entanto O autor utiliza pronomes pessoais masculinos perceptíveis nos originais gregos, o que desqualifica a hipótese. Some-se a esta nota o fato de que Hebreus mostra uma forte presença masculina em sua ilustre galeria de heróis da Fé. (Hebreus 11:32).
Quanto ao apostolo Paulo, percebe-se mesmo em uma leitura superficial do texto uma diferença de o estilo e teologia. O renomado apostolo sempre deixava nítida a sua autoria, as vezes até sua assinatura ao fim do escrito (2 Tessalonicenses 3:17). Além disso, em Hebreus 2:1-4 o autor se apresenta como um crente da segunda geração de, a qual Paulo não pertencia. Autoria descartada.
Ao levita natural de Chipre, Barnabé, recai como indício de autoria a sua tribo. Por ser levita estava habituado ao sistema de sacrifícios do Antigo Testamento, tema recorrente em Hebreus. O grego falado e escrito em Chipre era de boa qualidade, mas não estava a altura de Hebreus, que apresenta o melhor grego do Novo Testamento.
Resta ainda Apolo. Era ele homem “eloqüente e poderoso nas Escrituras” como afirma Lucas (Atos 18:24). Essa informação foi muito usada como prova de autoria, todavia a Igreja de Alexandria, terra natal de Apolo e que já mencionamos apontar Paulo como escritor da epistola, nunca conferiu a Apolo o titulo de escritor de Hebreus.
Os destinatários originais da epistola com certeza sabiam quem era o autor de Hebreus. Isso fica claro em Hebreus 11:18, 22-24. Nós, seus leitores atuais temos que nos contentar com as evasivas palavras de Orígenes.


Pablo Geovani


sexta-feira, 13 de maio de 2011

Livingstrong?!




Com certeza esse nome você nunca ouviu antes. Embora nos pareça familiar ele foi criado pela junção de dois sobrenomes famosos. James Strong e David Livingstone! Homens que em seu tempo fizeram a vontade de Deus e marcaram os seus dias.
Livingstone era um Missionário nascido na Escócia e Strong foi um teólogo americano. O primeiro foi explorador a mando da coroa britânica na África. Já o outro chegou a ser prefeito em sua cidade.

David amava o campo e James era apaixonado pelo ensino!

O missionário dedicou boa parte de sua vida a pregar aos nativos africanos enquanto explorava a imensidão do continente negro. O teólogo investiu 35 anos na compilação de um livro. Naquilo que se dedicaram são hoje conhecidos: o legado missionário de Livingstone e a Concordância Exaustiva de Strong!
Livingstone se formou em medicina e abraçou a causa missionária! Strong foi diplomado em Teologia Exegética e com esmero brindou o mundo com seus escritos. David enquanto esteve em solo africano ministrou a palavra sagrada com entusiasmo. James coordenou durante décadas, equipes de até 100 pesquisadores para a sua concordância. Um se aventurou nas selvas africanas e foi fiel ao Senhor. O outro sempre esteve em salas de aula e foi fiel ao Senhor.
O escocês desbravou, descobriu montanhas, lagos, foi aonde nenhum homem dito civilizado tinha ido. O americano catalogou todas as palavras hebraicas, aramaicas e gregas da Bíblia e lhes atribuiu um numero, para que, com sua concordância todos tivessem acesso aos originais sem necessariamente tê-los estudado.
Eles fizeram sua parte. Aquilo que lhes for proposto foi realizado! Suas obras são o estado da arte de Missões e Exegese.
David Livingstone morreu na África e os nativos arrancaram o seu coração e enterraram naquela terra que ele tanto amou. James Strong morreu e sua concordância não falta na mesa de teólogos no mundo inteiro.

Pablo Geovani

quarta-feira, 4 de maio de 2011

O Reino sendo dado ao ladrão.


Era pra ser só mais uma das centenas de crucificações que os romanos faziam em Israel. O rasante dos corvos denunciava o espetáculo da morte, e o vento gelado da Colina Calvário era implacável. Mas um condenado ali era distinto dos seus pares. Sua condenação era singular. Suas obras e a sua vida eram singulares. Melech haYehudim era tudo que tinham contra Ele.
A morte de um sentenciado à crucificação era demorada. Dava pra refletir bastante antes de morrer. Em meio aos deboches dos religiosos de sua época Jesus mantém a humildade que sempre O acompanhou. Ao Seu lado dois criminosos. O primeiro faz coro a zombaria dos fariseus. Mas o segundo, cujo o nome a tradição insite que era Dimas, prefere se inclinar ao sentimento que lhe aflorava. Não hesita em investir suas últimas horas na Terra na defesa do Rei que ele passa a conhecer.
Cada sentenciado levava em sua cruz a sua acusação. Mas na incrição do Senhor só havia "Rei dos Judeus". O nosso suposto Dimas não deveria conhecer hebraico, como os demais judeus daqueles dias. Mas no aramaico, língua corrente do primeiro século na Palestina, a palavra Rei era igual nos dois idiomas. Dimas consegue ler por cima da cabeça do Mestre a palavra Rei e faz então sua petição real:

Jesus, lembra-te de mim quando vieres no teu reino. Lucas 23:42 

Jesus lhe dá a resposta que a eternidade não lhe faria esquecer. O Reino de Deus, que os judeus erradamente interpretaram, lhe estava sendo ofertado. Na verdade o próprio Rei e Senhor deste Reino estava ali! O condenado Dimas agora era livre. Momentos antes do seu fim ele encontrou o Rei que Israel e esse mundo precisam. Jesus Cristo!
Dimas agora podia partir, e faria isso em paz! Nas suas derradeiras horas se portou como um verdadeiro cristão.  Repreendeu o outro malfeitor com veemência, reconheceu sinceramente sua culpa, testemunhou a inocência de Jesus e desejou a manifestação do Reino de Deus com entusiasmo. Tal compromisso com o Rei que ele acabara de conhecer e aceitar lhe valeu o Reino!

Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso. Lucas 23:43


 Pablo Geovani