terça-feira, 30 de agosto de 2011

Jesus nasceu em 25/12?


Todos os anos, nesta época, de um modo ou de outro acabamos envolvidos numa comemoração estranha.

As pessoas são estimuladas a comemorar e alegrar-se trocando presentes.

Uma comemoração estranha porque o assunto é o Natal, festividade que foi instituída com o propósito declarado de comemorar o nascimento de Jesus.

O que mais se vê hoje é a força de apelo das campanhas publicitárias, planejadas para vender, vender e vender.

De tão secularizado, de tão profano que se tornou, o Natal perdeu todo o seu sentido original, perdeu até a lembrança do aniversariante.

Hoje, o Natal já é um aniversário sem aniversariante.

Na verdade, se formos examinar as origens da comemoração do Natal em 25 de dezembro, ficará fácil perceber o porquê da situação atual.

Primeiro, a História mostra que o Natal em 25 de dezembro começou a ser comemorado muito depois do tempo dos apóstolos.

A grande comemoração da Igreja Primitiva era a morte e ressurreição de Jesus, cada vez que celebravam a Santa Ceia.

Como disse o Apóstolo Paulo, em I Cor. 11:26, “ Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice, anunciais a morte do Senhor, até que Ele venha ”.

Dando instruções a respeito da Santa Ceia, em Lucas 22:19 Jesus disse: “ Fazei isto em memória de Mim ”.

Os Evangelhos contam que quando Jesus nasceu os pastores de ovelhas guardavam seus rebanhos nas colinas próximas de Belém.

Ali foram avisados por um anjo de que o Salvador tão esperado havia nascido.

Se Jesus realmente tivesse nascido em 25 de dezembro, quando é inverno e faz muito frio naquela região, os pastores não poderiam estar ao relento com seus rebanhos, mas bem recolhidos em abrigos.

Se o nascimento de Jesus não poderia ter sido em 25 de dezembro, surgem duas perguntas para serem respondidas:

•  É possível saber pela Bíblia o dia do nascimento de Jesus?

•  Por que se comemora o Natal em 25 de dezembro?

Buscando resposta para a primeira, temos uma pista importante em Lucas 1:36.

Ali o anjo Gabriel falou a Maria, mãe de Jesus, a respeito da gravidez de Isabel, sua prima.

Em Lucas 1:5, está escrito que Zacarias, que seria o pai de João Batista, era sacerdote do turno de Abias.

Como os sacerdotes foram se tornando numerosos, foram divididos em 24 turnos, de modo que todos pudessem revezar-se no trabalho do Templo, ao longo do ano.

Cada turno servia por duas semanas, uma na primeira metade do ano, e outra na segunda, o que dava 48 semanas.

Como o ano hebraico tinha 51 semanas, era completado com três semanas de festas de peregrinação, quando todos os sacerdotes deveriam estar presentes.

O turno de Abias era o oitavo, durante a décima semana, que foi quando Zacarias teve sua visão com o anjo Gabriel.

Ao retornar para casa, Zacarias observou o período de purificação ritual, e João foi concebido na 12ª semana do ano.

Nasceu 40 semanas mais tarde, na época das festas da Páscoa, em 14 de Nisan, por volta do nosso mês de abril.

Lembre que na anunciação a Maria (Lucas 1:36), o anjo disse que Isabel estava grávida do sexto mês, o que mostra que a concepção de Jesus aconteceu seis meses (25 semanas) depois da de João.

Assim, Aquele que é a Luz do Mundo foi concebido na época da Festa das Luzes.

Então Jesus nasceu 40 semanas mais tarde, quando era comemorada a Festa dos Tabernáculos, ou Festa das Cabanas.

Os Evangelhos afirmam que em Belém não havia lugar para José e Maria, de modo que eles tiveram de encontrar pouso num estábulo.

Belém ficava bem próxima de Jerusalém, e não estava abarrotada de gente por causa do censo do imperador romano, que tinha o ano todo para ser feito.

O motivo de haver tanta gente em Belém era a peregrinação do povo de todo o país a Jerusalém para a Festa das Cabanas.

Jesus nasceu num estábulo.

A palavra hebraica para “estábulo” é “sukah”, ou sucote, como em Gen. 33:17.

Assim, é bem provável que Jesus tenha nascido em uma cabana, pelo meio do mês de outubro.

Note a comparação: nosso corpo não é um abrigo adequado para Deus, mas Jesus nascendo numa cabana mostra que Deus veio morar numa cabana (corpo) conosco.

Se Jesus nasceu no primeiro dia de Sucote, então foi circuncidado ao oitavo dia, como mandava a Lei Cerimonial, no dia original de uma festividade que se seguia à Festa das Cabanas, chamada "Simchat Torah" (Alegria na Torah), que agora se celebra o dia seguinte no judaísmo rabínico. Deste modo Jesus haveria entrado no pacto no dia do "regozijo na Torah."

Quanto à segunda pergunta , por que se comemora o Natal em 25 de dezembro, sua resposta tem origem numa comemoração anterior ao cristianismo.

Os pagãos comemoravam em 25 de dezembro a festa do dies natalis Solis Invicti – o nascimento do Sol invencível.

Aquela era a data da noite mais longa do ano no hemisfério norte, quando o deus Sol, vencendo as trevas, voltava a fazer com que os dias fossem se tornando cada vez mais longos.

Era a maior das festas dos pagãos adoradores do Sol, e a Igreja Cristã, numa atitude condescendente e para conquistar a simpatia dos pagãos, tentou mudar o enfoque da festa ao deus Sol dos romanos, o Solis Invicti, o Sol Invicto, para que se tornasse uma homenagem a Cristo.

Assim, comparou Jesus Cristo a um deus pagão, homenageando o Sol da Justiça, a Luz do Mundo, numa festa de origem e motivação claramente pagãs.

Como isto aconteceu?

Era a opinião de alguns dos Pais da Igreja que tanto a concepção de Cristo quanto Sua paixão ocorreram na época de equinócio primaveril de 25 de março.

Contando a partir dessa data os nove meses de gravidez de Maria, a data de nascimento de Cristo foi calculada como sendo o 25 de dezembro.

Foi uma tentativa tardia de justificar uma prática e costume já existentes.

Mário Righetti, um renomado liturgista católico, escreve: " Após a paz, a igreja de Roma, para facilitar a aceitação da fé pelas massas pagãs, achou conveniente instituir o 25 de dezembro como a festa do nascimento temporal de Cristo, para desviá-los da festa pagã, celebrada no mesmo dia, em honra de Mitra, o ‘Sol invencível', o conquistador das trevas ".

A idolatria estava penetrando e se firmando na Igreja.

Haveria algum propósito em secularizar e deturpar o sentido do Natal?

Qual o propósito de comemorar um aniversário sem lembrar do aniversariante?

Por certo que era o mesmo de confundir uma homenagem que deveria ser prestada ao único Deus vivo com a que grande parte do mundo presta ao deus Sol,

cultuando o paganismo mesmo sem saber, e tirando de Deus a adoração e reverência que só a Ele são devidas.

Examinando toda a situação levando em conta o Grande Conflito, mais algumas coisas nos chamam a atenção:

•  O que tem a ver Papai Noel com o nascimento de Cristo?

•  Por que a sua roupa é vermelha, se esta cor normalmente não é usada por ninguém?

Ocorre que desde o início do Grande Conflito, o grande objetivo de Satanás foi tirar Cristo da vista das pessoas.

Para isto ele proibiu a leitura da Palavra de Deus pelas pessoas comuns,

ele introduziu heresias pagãs na Igreja Cristã, como a que mostra Jesus como um Salvador incompetente, que precisa de um Purgatório para terminar de salvar os que Ele não conseguiu salvar totalmente,

e elaborou sistemas litúrgicos destinados a ofuscar o sacrifício expiatório único de Jesus na cruz do Calvário, pela repetição diária da missa.

Nesse contexto, Satanás criou a figura mítica do Papai Noel, que para grande parte das pessoas hoje está muito mais associada ao Natal do que o próprio Cristo.

Mas, o que tem a ver Papai Noel com Jesus?

Em verdade, nada.

É apenas alguém criado para dar a impressão de que ainda se comemora o Natal.

E por que a sua roupa é vermelha?

Será que a Bíblia tem a resposta?

Tem. E podemos ver duas passagens que nos dão uma clara idéia do que está acontecendo, mais clara ainda se mantivermos a perspectiva do Grande Conflito em mente.

O que é vermelho, na Bíblia?

Isaías 1:18 à “ Vinde, pois, e arrazoemos, diz o Senhor; ainda que os vossos pecados são como a escarlate, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que são vermelhos como o carmesim, se tornarão como a lã ”.

Na Bíblia, vermelho é a cor do pecado.

Apoc. 12:3 à “ Viu-se também outro sinal no céu, e eis um dragão , grande, vermelho , com sete cabeças e dez chifres e, nas cabeças, sete diademas ”.

Note duas coisas:

•  Satanás é representado por um dragão, um ser que não existe na Natureza, pois Deus não criou Satanás; ele se tornou no que é por sua livre escolha.

•  O dragão é vermelho, da cor do pecado, da cor do sangue de Jesus que ele fez derramar na cruz.

Agora você consegue entender porque se comemora o Natal numa data diferente da real?

Agora você consegue entender a origem do Papai Noel?

Agora você consegue entender porque um ser criado para ofuscar a Jesus se apresenta vestido de vermelho?

Agora você pode entender que tudo quanto o diabo faz tem por objetivo nos separar de Deus?

Percebe que ele nunca faz nada inofensivo, por mais inocente que alguma obra sua pareça?

Pois nem a secularização das comemorações,

nem o mundanismo das referências,

nem a origem pagã da festa de Natal devem reduzir a real importância que tem para a Humanidade o nascimento de Jesus.

Ele foi o cumprimento da promessa feita a Adão e Eva ainda no Jardim do Éden.

Ele foi o cumprimento de dezenas de profecias que prometiam a vinda do Salvador designado por Deus.

Jesus veio anunciando que o tempo estava cumprido, cumprido o tempo da profecia de Daniel 9:24-27.

Foi um acontecimento tão decisivo que dividiu a História em Antes e Depois.

Foi o acontecimento que permitiu acontecer o Calvário e a Cruz, onde nossos pecados foram pagos, e que deu espaço à Ressurreição, que nos garante a vida eterna.

Agora tudo isto é passado, é cumprimento das promessas de Deus,

mas ficaria sem sentido,

ficaria incompleto se Jesus deixasse tudo assim.

Mas Ele prometeu não deixar.

Ele prometeu que voltará aqui outra vez para buscar os Seus, para nos levar para as moradas que foi preparar.

Sem fantasias, sem trenós nem renas, mas na grande Comitiva do Céu, como o Cordeiro vitorioso, com Deus o Pai, com o Espírito Santo e com todos os santos anjos.

Todos os salvos serão levados ao encontro com o Senhor nos ares...

Mas só irá quem quiser.

Só receberá a vida eterna quem aceitar a Jesus como seu Salvador.

Os que aceitam a Jesus como Salvador também reconhecem a real importância do Natal.

Sabem que o Natal não deveria ser uma festa de consumo e de excessos, mas de gratidão ao Deus que nos ama e cumpre as Suas promessas.

Sabem que o nascimento de Jesus é uma prova do amor de Deus,

que se tornou Um como nós,

do Deus que se fez carne e veio habitar entre nós,

do Deus que, mesmo sendo perfeito, veio morar com a Humanidade numa cabana de carne.

Você crê?

Então deixe que Jesus o transforme em nova criatura, em cidadão do Céu.


Lidio Feix 
Vi no site advir

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Misericórdia, etimologicamente misericórdia

Tanque de Betesda


 

Ora, em Jerusalém há, próximo à porta das ovelhas, um tanque, chamado em hebreu Betesda, o qual tem cinco alpendres.
Nestes jazia grande multidão de enfermos, cegos, mancos e ressicados, esperando o movimento da água.
Porquanto um anjo descia em certo tempo ao tanque, e agitava a água; e o primeiro que ali descia, depois do movimento da água, sarava de qualquer enfermidade que tivesse. 
João 5:2-4

Betesda, em hebraico significa Casa de Misericórdia.
A Bíblia tem pelo menos duas ótimas palavras, em seus originais, para misericórdia. São elas:

Chesed: Hebraico, ser bom, ser gentil, mostrar bondade para.

Eleos: Grego, ter misericórdia de, ajudar alguém aflito ou que busca auxílio, ajudar o aflito, levar ajuda ao miserável, experimentar misericórdia.

Mas talvez a melhor definição para misericórdia esteja no latim, idioma do qual descende o nosso português.
O termo é a junção de dois radicais; miseri, que é miséria e cardis, coração (donde vem a nossa palavra cardíaco). Ou seja, misericórdia é “Colocar um miserável no coração”.  
E bem podem encerrar estas definições, as palavras do Mestre:

Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia.
Mateus 5:07

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Bar Mitzvah


É uma conhecida celebração religiosa em Israel. O menino judeu ao atingir 13 anos mais um dia, passa a ser considerado responsável diante da Lei judaica, ele se torna um "filho do Mandamento", que traduzido é Bar Mitzvah. Nesta cerimônia o jovem lê publicamente a Torah, a parte da Bíblia Hebraica que nós cristãos chamamos Pentateuco. Me impressiona o fato de que o jovem judeu é tido como homem ao ler, diante de testemunhas, um trecho do Livro Sagrado!
Depois do Bar Mitzvah, o menino pode participar de todo o contexto social, cultural, ético e religioso de Israel. Ele atinge sua maioridade religiosa, estando apto para assitir na sinagoga. Durante a ministração os homens, incluindo o próprio menino que está sendo iniciado, usam a kippah, aquela touca característica que os judeus vestem no alto de suas cabeças. A kippah simboliza que Deus está acima dos homens, outra lição que precisamos assimilar.
Temos razões para crer que Jesus aos 13 anos celebrou o Bar Mitzvah. E isto com certeza ocoreu depois do incidente da páscoa em Jerusálem (Lucas 2:40-52). Torna-se ainda mais compreensível a admiração de todos com o menino que interpelava os doutores e mestres do judaísmo do primeiro século. Ele ainda não era considerado um homem segundo os padrões vigentes até hoje em Israel, mas fez a Sua diferença. Jesus, O Filho do Mandamento por Excelência.