sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Ataques e objetivos satânicos


A natureza de um ataque espiritual

O que é um ataque satânico?  Eis a definição... É um ato deliberado, intencional, voluntarioso e bem concebido, com intuito de fazer mal a alguém de qualquer forma: física, mental, econômica, inter-pessoal ou espiritual.

Os objetivos de Satanás

Quais os objetivos de um ataque satânico? São quatro:

1.        Procurar afastar-nos de Deus ― esse é sempre seu objetivo final.
2.        Tenta frustrar-nos no propósito e plano divino para nossa vida, buscando desviar-nos do caminho e da vontade de Deus para nós.
3.        Procurar tirar de Deus a gloria, a honra e o louvor dados a Ele quando levamos uma vida piedosa de fé e confiamos no senhor.
4.        Tentar destruir-nos, literal e eternamente.

Dr Drº Charles F. Stanley, em seu livro Quando o Inimigo ataca


sexta-feira, 25 de novembro de 2011

As Institutas de Calvino

 
 
Lecionar teologia da Reforma me obrigou a ler as Institutas, obra magistral do reformador francês João Calvino. Sua teologia, apresentada em quatro livros e 80 capítulos, é desenvolvida em torno da crença na absoluta soberania divina. Ainda que sua teologia não me agrade, é preciso reconhecer, Calvino é lógico, honesto e coerente em quase tudo o que afirma. Em minha opinião, sua grande falha lógica está aqui:
Onde ouves menção da glória de Deus, aí deves pensar em sua justiça. Ora, o que merece louvor tem de ser justo. Portanto, o homem cai porque assim o ordenou a providência de Deus; no entanto, cai por falha sua. [...] Logo, por sua própria malignidade o homem corrompeu a natureza pura que havia recebido do Senhor, e em sua ruína arrastou consigo à ruína toda a posteridade (As Institutas, Livro III, cap. XXIII, sessão 8)
Para Calvino o homem peca porque Deus assim decretou, mas ainda assim é responsável por seus atos maus. Tal "decreto espantoso" não possui explicação, e não cabe ao homem questioná-lo. Surge uma nova pergunta: e Adão, o primeiro homem, também agiu de acordo com os propósitos divinos? Calvino explica: 
O primeiro homem, pois, caiu porque o Senhor assim julgara ser conveniente. Por que ele assim o julgou nos é oculto. Entretanto, é certo que ele não o julgou de outro modo, senão porque via daí ser, com razão, iluminada a glória de seu nome (As Institutas, Livro III, cap. XXIII, sessão 8).
Para fechar, uma última declaração de Calvino (prepare-se): 
Eu concedo mais: os ladrões e os homicidas, e os demais malfeitores, são instrumentos da divina providência, dos quais o próprio Senhor se utiliza para executar os juízos que ele mesmo determinou. Nego, no entanto, que daí se deva permitir-lhes qualquer escusa por seus maus feitos (As Institutas, Livro I, Capítulo XVII, seção 5).

Jones F. Mendonça 
Vi no site do  Genizah

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Hebreus; autor e data.



Uma forte corrente de pensamento cristão tem creditado a autoria de Hebreus ao apostolo Paulo. E são bem fortes as razões para tal afirmativa:


1. Existe uma referência à Timóteo, companheiro de Paulo. Hebreus 13:23

2. Há algumas idéias que fazem parte da fraseologia do apostolo Paulo, "o justo viverá da fé", em Hebreus 10:38, pode ser um exemplo.

3. É muito forte na tradição da Igreja que aponta a autoria paulina.

4. Em II Pedro 3;15-16 Pedro afirma que Paulo escreveu coisas difíceis de entender. Seria alusão ao Livro de Hebreus?

5. As linhas de Hebreus expressam forte conhecimento das leis e cultura judaicas. Isso qualifica ainda mais o apostolo.

Por outro lado, as evidencias em contrário parecem ser mais conclusivas:


1. O livro não trás o nome e a saudação de Paulo, elementos sempre presentes nas epístolas paulinas.


2. A forma e estilo da escrita em Hebreus difere consideralvelmente quando comparado com os escritos do apostolo Paulo.


3. Paulo alega ser apostolo dos gentios. (Atos 9:15 por exemplo). Hebreus claramente é dirigida aos judeus cristãos.

Para mais detalhes, ver o post O autor de Hebreus

No entanto, a data da epístola de Hebreus pode ser fixada com até uma certa precisão. Hebreus 10:11 parece sugerir que o Templo de Jerusalém estava em funcionamento, ou seja, não havia sido destruído, o que ocorreu em 70 d.C.. Já em Hebreus 13:23, existe uma alusão à soltura de Timóteo da prisão em Roma, o que aponta para o ano de 64 d.C.. Com estas informações, pode podemos datar Hebreus entre 64 e 70 d.C.




Pablo Geovani

terça-feira, 15 de novembro de 2011

A pregação em gráficos

O Drº Glen Yoder ilustra muito bem como tem sido as prédicas nas igrejas atualmente. E ele o faz através dos seguinte diagramas.





Legendas:

IP  Influência primordial

IS  Influência secundária

IM Influência mínima

A   O que aconteceu em muitas igrejas
B   O que Deus quer que aconteça



Extraído do Livro Criando Comunidades Do Reino

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

O Evangelho do Gênesis!

Calma caro leitor [a], não precisa esfregar os olhos para ver se leu direito: é isso mesmo! Temos um evangelho em Gênesis.
Você deve estar perguntado: Mas no livro do Gênesis um evangelho?  Impossível!  Gênesis trata da criação dos céus e da terra, da vegetação, dos luminares e do homem.
O “Segredo”
 O nome em hebraico é algo profundo e revelador. No nome está implícito algumas verdades relacionadas ao caráter e a vida da pessoa. Poderia dar alguns exemplos: Nabal, que significa louco, néscio. Isaque, riso. Davi, amado. Salomão, pacífico.  Olhando a vida destes personagens bíblicos, veremos facetas e detalhes de suas vidas que estão relacionados [in] diretamente com o significado dos seus nomes.

Vamos atentar para a genealogia de Adão a Noé (Gn 5):
Adam –> Seth –> Enosh –> Kenan –> Mahalalel –>Yared –> Enoch –> Methuselah –> Lamech –> Noah

Nome  Significado
Adam Homem
Seth Apontado
Enosh Mortal
Kenan Aflição, Sofrimento
Mahalalel O Elohim Bendito
Yared Descerá
Enoch Ensinando, Ensinamento
Methuselah Sua morte trará
Lamech O Desesperado
Noah Conforto, Descanso

A frase formada é fascinante, impactante, brilhante:
“[Ao] Homem é Apontada Mortal Aflição, [Mas] o Elohim Bendito descerá Ensinando [que] sua Morte Trará ao Desesperado [O] Conforto, Descanso.

É por isso que a cultura judaica é fascinante. Há coisas que podemos até rejeitar, mas há outras, como esta pérola acima, que nos faz pensar e meditar quão profundo são os mistérios da Palavra de Deus.
Não é nada cabalístico!  Pense, estude, e tire suas próprias conclusões. Quem lê, entenda!

Autor: Sha’ul  Bentsion
Adaptado por: Pr Marcelo Oliveira.

Vi no site Davar Elohim do Pastor Marcelo Oliveira

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Comendo no escuro


Dia desses vi uma reportagem sobre um restaurante onde todas as refeições eram servidas no escuro. Isso mesmo, todos os clientes comiam sem luz alguma. Como se estivem vendados, eles degustavam o requintado cardápio da casa. Ao ser questionado sobre a extravagante maneira de servir do restaurante, que, aliás, tinha enorme procura, o proprietário disse que ao se alimentarem sem enxergar a comida, as pessoas podem apreciar melhor o sabor dos alimentos.
A ciência diz que 90% das informações que temos são fornecidas pela visão! Ou seja, somente 10% das nossas descobertas e experiências passam pelos outros sentidos.
Trazendo isto para o campo da teologia, gostaria de fazer menção daqueles não poucos pregadores que nos mandam fechar os olhos. Todos nós os conhecemos! No auge de suas prédicas nos mandarem fechar os nossos olhos. O mesmo fazem nossos irmãos músicos ao ministrarem diante da congregação. O que desejam eles com tal pedido? Será que não querem que vejamos algo que requeira nossa atenção?
Quando fechamos nossos olhos diante do Senhor, estamos nos desprendendo de 90% do ambiente físico onde estivermos. Com os olhos fechados resta muito pouco para interferir em nossa intimidade com Ele! Na presença Divina vale a pena se alimentar no escuro.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

A turma do Chaves na hora de ofertar



Contam uns pregadores modernos que certo apóstolo andou evangelizando a vila do Chaves. Após alguns cultos, os moradores da famosa vila resolveram ofertar. O primeiro deles foi o Senhor Barriga, que levou grande soma de dinheiro ao altar, quando prontamente o apóstolo o abençoou com todo carinho do mundo, com generosa quantidade de óleo no cangote, carinho na careca do gordinho, enquanto com autoridade dizia “Deus te abençoe, Deus te abençoe, Deus te abençoe...”
Depois veio a Dona Florinda. Para impressionar, não deixou barato e foi logo depositando também uma soma expressiva no altar. À brados proféticos de “Deus te abençoe, Deus te abençoe, Deus te abençoe...” o apóstolo foi abençoando com presteza aquela senhora com bobes na cabeça, além, claro, de muitos afagos e farto óleo ungido.
Logo em seguida veio a bruxa do, ops, a senhorita Clotilde! Em suas mãos tão enrugadas, o apóstolo não pode deixar de reparar que havia menos dinheiro que seus antecessores. Então os “Deus te abençoe, Deus te abençoe, Deus te abençoe...” já não foram tão efusivos, bem como o óleo já não tão farto quanto antes.
E agora sim, lá vem ele! O seu Madruga. Rapidamente sem que ninguém percebesse, ele alçou no altar sagrado, vejam só, um cheque sem fundos. O apóstolo sem questionar a autenticidade do cheque, foi logo tacando óleo no chapéu do ilustre inquilino do Senhor Barriga, com direito à abraços, carinhos, palavras de vitória e muitississímos “Deus te abençoe, Deus te abençoe, Deus te abençoe...”
Agora a vez das crianças. A Chiquinha tomou emprestado do Kiko, sem que ele soubesse, claro, algumas notas para ofertar ao apóstolo, digo, ao Senhor. Óleo ungido e tapinhas foram moderados, conforme o valor da oferta da filha do Madruga.
No mesmo instante chega o Kiko com toda a sua mesada, mas que não chegava perto das primeiras ofertas. Apenas um leve toque no boné do tesouro, e modestas gotas de óleo que caíram no terninho de marinheiro.
Por ultimo chega o Chaves. Chorando ele vem logo dizendo: “Pipipipipipipi pipi pipipipi, eu só tenho 25 centavos...” Ao que de imediato o apóstolo lhe dá um chute profético nas nádegas, dizendo: “Deus te abençoe, Deus te abençoe, Deus te abençoe...”


Pablo Geovani

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Quadro de restituição


Todos conhecemos a história de Jó. O homem que teve uma experiência marcante com o Senhor, e ao final de todas as aflições que passou, teve sua vida restaurada.
E assim abençoou o SENHOR o último estado de Jó, mais do que o primeiro; Jó 42:12a

O fascinante protagonista deste enredo que teve Deus como autor e diretor, recebeu tudo em dobro. Todos os bens materiais que lhe foram tomados, lhe foram depois restituidos em "dose dupla". Vejamos este quadro comparativo da restauração na vida de Jó:


Antes da prova

Jó 1:2-3
Depois da restauração

Jó 42:12-13

7.000 Ovelhas

14.000 Ovelhas
3.000 Camelos

6.000 Camelos

500 Juntas de bois

1.000 Juntas de bois

500 Jumentas

1.000 Jumentas


10 Filhos

10 Filhos










Como podemos observar, o Senhor foi fiel ao Seu servo Jó. Mas há um detalhe que não pode escapar ao nosso campo de observação; Somente os bens materiais foram lhe dado em dobro, ao passo que os filhos aparentemente não. Podemos extair desta narrativa o ensino de que os filhos são um tipo de benção especial da parte do Senhor, como a própria Bíblia atesta:
Eis que os filhos são herança do SENHOR, e o fruto do ventre o seu galardão. Salmos 127:3

Jó recebe sim seus filhos em dobro, pois os primeiros dez que morreram não forma perdidos; Jó possuía dez filhos antes das aflições que passou, e agora ele passa a ter vinte!



Pablo Geovani

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

João e Cerinto







Irineu, bispo de Lyons de 175 até sua morte em 195 d.C., foi quem nos transmitiu o testemunho histórico de que João foi o autor do Evangelho que leva seu nome e que ele era o “discípulo a quem Jesus amava.” João 13:23
O bispo Irineu alegava ter ligação com o apostolo João por intermédio de Policarpo, bispo de Esmirna, que ao ser martirizado em 156 d.C. declarou aos seus executores, quando estes o instigavam a abandonar a fé, a célebre confissão: “Eu tenho servido Cristo por 86 anos e ele nunca me fez nada de mal. Como posso blasfemar contra meu Rei que me salvou? Eu sou um crente”!
Eusébio de Cesaréia, historiador da Igreja do século IV conservou uma carta em que Irineu relatou a um amigo que quando jovem, assentava-se aos pés de Policarpo para ouvir de suas conversações com o apostolo João e o ensino que dele havia recebido.
Mas um episódio em particular que o bispo Irineu dizia ter ouvido de Policarpo, seria a respeito do embate entre o apostolo João e Cerinto. O velho seguidor de Jesus teria fugido de um balneário publico em Éfeso gritando: “Salvemo-nos! O balneário vai desabar, porque dentro está Cerinto, o inimigo da verdade!”
Este incidente não deixa de corroborar com a forte preocupação que João tinha com a verdade. Preocupação esta vista em suas três cartas. Irineu forneceu em seus escritos detalhadas informações sobre as heresias de Cerinto, que não cabem aqui, mas nos abastecem com subsídios para comparar com os maus ensinos que João tanto combateu.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Jesus nasceu em 25/12?


Todos os anos, nesta época, de um modo ou de outro acabamos envolvidos numa comemoração estranha.

As pessoas são estimuladas a comemorar e alegrar-se trocando presentes.

Uma comemoração estranha porque o assunto é o Natal, festividade que foi instituída com o propósito declarado de comemorar o nascimento de Jesus.

O que mais se vê hoje é a força de apelo das campanhas publicitárias, planejadas para vender, vender e vender.

De tão secularizado, de tão profano que se tornou, o Natal perdeu todo o seu sentido original, perdeu até a lembrança do aniversariante.

Hoje, o Natal já é um aniversário sem aniversariante.

Na verdade, se formos examinar as origens da comemoração do Natal em 25 de dezembro, ficará fácil perceber o porquê da situação atual.

Primeiro, a História mostra que o Natal em 25 de dezembro começou a ser comemorado muito depois do tempo dos apóstolos.

A grande comemoração da Igreja Primitiva era a morte e ressurreição de Jesus, cada vez que celebravam a Santa Ceia.

Como disse o Apóstolo Paulo, em I Cor. 11:26, “ Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice, anunciais a morte do Senhor, até que Ele venha ”.

Dando instruções a respeito da Santa Ceia, em Lucas 22:19 Jesus disse: “ Fazei isto em memória de Mim ”.

Os Evangelhos contam que quando Jesus nasceu os pastores de ovelhas guardavam seus rebanhos nas colinas próximas de Belém.

Ali foram avisados por um anjo de que o Salvador tão esperado havia nascido.

Se Jesus realmente tivesse nascido em 25 de dezembro, quando é inverno e faz muito frio naquela região, os pastores não poderiam estar ao relento com seus rebanhos, mas bem recolhidos em abrigos.

Se o nascimento de Jesus não poderia ter sido em 25 de dezembro, surgem duas perguntas para serem respondidas:

•  É possível saber pela Bíblia o dia do nascimento de Jesus?

•  Por que se comemora o Natal em 25 de dezembro?

Buscando resposta para a primeira, temos uma pista importante em Lucas 1:36.

Ali o anjo Gabriel falou a Maria, mãe de Jesus, a respeito da gravidez de Isabel, sua prima.

Em Lucas 1:5, está escrito que Zacarias, que seria o pai de João Batista, era sacerdote do turno de Abias.

Como os sacerdotes foram se tornando numerosos, foram divididos em 24 turnos, de modo que todos pudessem revezar-se no trabalho do Templo, ao longo do ano.

Cada turno servia por duas semanas, uma na primeira metade do ano, e outra na segunda, o que dava 48 semanas.

Como o ano hebraico tinha 51 semanas, era completado com três semanas de festas de peregrinação, quando todos os sacerdotes deveriam estar presentes.

O turno de Abias era o oitavo, durante a décima semana, que foi quando Zacarias teve sua visão com o anjo Gabriel.

Ao retornar para casa, Zacarias observou o período de purificação ritual, e João foi concebido na 12ª semana do ano.

Nasceu 40 semanas mais tarde, na época das festas da Páscoa, em 14 de Nisan, por volta do nosso mês de abril.

Lembre que na anunciação a Maria (Lucas 1:36), o anjo disse que Isabel estava grávida do sexto mês, o que mostra que a concepção de Jesus aconteceu seis meses (25 semanas) depois da de João.

Assim, Aquele que é a Luz do Mundo foi concebido na época da Festa das Luzes.

Então Jesus nasceu 40 semanas mais tarde, quando era comemorada a Festa dos Tabernáculos, ou Festa das Cabanas.

Os Evangelhos afirmam que em Belém não havia lugar para José e Maria, de modo que eles tiveram de encontrar pouso num estábulo.

Belém ficava bem próxima de Jerusalém, e não estava abarrotada de gente por causa do censo do imperador romano, que tinha o ano todo para ser feito.

O motivo de haver tanta gente em Belém era a peregrinação do povo de todo o país a Jerusalém para a Festa das Cabanas.

Jesus nasceu num estábulo.

A palavra hebraica para “estábulo” é “sukah”, ou sucote, como em Gen. 33:17.

Assim, é bem provável que Jesus tenha nascido em uma cabana, pelo meio do mês de outubro.

Note a comparação: nosso corpo não é um abrigo adequado para Deus, mas Jesus nascendo numa cabana mostra que Deus veio morar numa cabana (corpo) conosco.

Se Jesus nasceu no primeiro dia de Sucote, então foi circuncidado ao oitavo dia, como mandava a Lei Cerimonial, no dia original de uma festividade que se seguia à Festa das Cabanas, chamada "Simchat Torah" (Alegria na Torah), que agora se celebra o dia seguinte no judaísmo rabínico. Deste modo Jesus haveria entrado no pacto no dia do "regozijo na Torah."

Quanto à segunda pergunta , por que se comemora o Natal em 25 de dezembro, sua resposta tem origem numa comemoração anterior ao cristianismo.

Os pagãos comemoravam em 25 de dezembro a festa do dies natalis Solis Invicti – o nascimento do Sol invencível.

Aquela era a data da noite mais longa do ano no hemisfério norte, quando o deus Sol, vencendo as trevas, voltava a fazer com que os dias fossem se tornando cada vez mais longos.

Era a maior das festas dos pagãos adoradores do Sol, e a Igreja Cristã, numa atitude condescendente e para conquistar a simpatia dos pagãos, tentou mudar o enfoque da festa ao deus Sol dos romanos, o Solis Invicti, o Sol Invicto, para que se tornasse uma homenagem a Cristo.

Assim, comparou Jesus Cristo a um deus pagão, homenageando o Sol da Justiça, a Luz do Mundo, numa festa de origem e motivação claramente pagãs.

Como isto aconteceu?

Era a opinião de alguns dos Pais da Igreja que tanto a concepção de Cristo quanto Sua paixão ocorreram na época de equinócio primaveril de 25 de março.

Contando a partir dessa data os nove meses de gravidez de Maria, a data de nascimento de Cristo foi calculada como sendo o 25 de dezembro.

Foi uma tentativa tardia de justificar uma prática e costume já existentes.

Mário Righetti, um renomado liturgista católico, escreve: " Após a paz, a igreja de Roma, para facilitar a aceitação da fé pelas massas pagãs, achou conveniente instituir o 25 de dezembro como a festa do nascimento temporal de Cristo, para desviá-los da festa pagã, celebrada no mesmo dia, em honra de Mitra, o ‘Sol invencível', o conquistador das trevas ".

A idolatria estava penetrando e se firmando na Igreja.

Haveria algum propósito em secularizar e deturpar o sentido do Natal?

Qual o propósito de comemorar um aniversário sem lembrar do aniversariante?

Por certo que era o mesmo de confundir uma homenagem que deveria ser prestada ao único Deus vivo com a que grande parte do mundo presta ao deus Sol,

cultuando o paganismo mesmo sem saber, e tirando de Deus a adoração e reverência que só a Ele são devidas.

Examinando toda a situação levando em conta o Grande Conflito, mais algumas coisas nos chamam a atenção:

•  O que tem a ver Papai Noel com o nascimento de Cristo?

•  Por que a sua roupa é vermelha, se esta cor normalmente não é usada por ninguém?

Ocorre que desde o início do Grande Conflito, o grande objetivo de Satanás foi tirar Cristo da vista das pessoas.

Para isto ele proibiu a leitura da Palavra de Deus pelas pessoas comuns,

ele introduziu heresias pagãs na Igreja Cristã, como a que mostra Jesus como um Salvador incompetente, que precisa de um Purgatório para terminar de salvar os que Ele não conseguiu salvar totalmente,

e elaborou sistemas litúrgicos destinados a ofuscar o sacrifício expiatório único de Jesus na cruz do Calvário, pela repetição diária da missa.

Nesse contexto, Satanás criou a figura mítica do Papai Noel, que para grande parte das pessoas hoje está muito mais associada ao Natal do que o próprio Cristo.

Mas, o que tem a ver Papai Noel com Jesus?

Em verdade, nada.

É apenas alguém criado para dar a impressão de que ainda se comemora o Natal.

E por que a sua roupa é vermelha?

Será que a Bíblia tem a resposta?

Tem. E podemos ver duas passagens que nos dão uma clara idéia do que está acontecendo, mais clara ainda se mantivermos a perspectiva do Grande Conflito em mente.

O que é vermelho, na Bíblia?

Isaías 1:18 à “ Vinde, pois, e arrazoemos, diz o Senhor; ainda que os vossos pecados são como a escarlate, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que são vermelhos como o carmesim, se tornarão como a lã ”.

Na Bíblia, vermelho é a cor do pecado.

Apoc. 12:3 à “ Viu-se também outro sinal no céu, e eis um dragão , grande, vermelho , com sete cabeças e dez chifres e, nas cabeças, sete diademas ”.

Note duas coisas:

•  Satanás é representado por um dragão, um ser que não existe na Natureza, pois Deus não criou Satanás; ele se tornou no que é por sua livre escolha.

•  O dragão é vermelho, da cor do pecado, da cor do sangue de Jesus que ele fez derramar na cruz.

Agora você consegue entender porque se comemora o Natal numa data diferente da real?

Agora você consegue entender a origem do Papai Noel?

Agora você consegue entender porque um ser criado para ofuscar a Jesus se apresenta vestido de vermelho?

Agora você pode entender que tudo quanto o diabo faz tem por objetivo nos separar de Deus?

Percebe que ele nunca faz nada inofensivo, por mais inocente que alguma obra sua pareça?

Pois nem a secularização das comemorações,

nem o mundanismo das referências,

nem a origem pagã da festa de Natal devem reduzir a real importância que tem para a Humanidade o nascimento de Jesus.

Ele foi o cumprimento da promessa feita a Adão e Eva ainda no Jardim do Éden.

Ele foi o cumprimento de dezenas de profecias que prometiam a vinda do Salvador designado por Deus.

Jesus veio anunciando que o tempo estava cumprido, cumprido o tempo da profecia de Daniel 9:24-27.

Foi um acontecimento tão decisivo que dividiu a História em Antes e Depois.

Foi o acontecimento que permitiu acontecer o Calvário e a Cruz, onde nossos pecados foram pagos, e que deu espaço à Ressurreição, que nos garante a vida eterna.

Agora tudo isto é passado, é cumprimento das promessas de Deus,

mas ficaria sem sentido,

ficaria incompleto se Jesus deixasse tudo assim.

Mas Ele prometeu não deixar.

Ele prometeu que voltará aqui outra vez para buscar os Seus, para nos levar para as moradas que foi preparar.

Sem fantasias, sem trenós nem renas, mas na grande Comitiva do Céu, como o Cordeiro vitorioso, com Deus o Pai, com o Espírito Santo e com todos os santos anjos.

Todos os salvos serão levados ao encontro com o Senhor nos ares...

Mas só irá quem quiser.

Só receberá a vida eterna quem aceitar a Jesus como seu Salvador.

Os que aceitam a Jesus como Salvador também reconhecem a real importância do Natal.

Sabem que o Natal não deveria ser uma festa de consumo e de excessos, mas de gratidão ao Deus que nos ama e cumpre as Suas promessas.

Sabem que o nascimento de Jesus é uma prova do amor de Deus,

que se tornou Um como nós,

do Deus que se fez carne e veio habitar entre nós,

do Deus que, mesmo sendo perfeito, veio morar com a Humanidade numa cabana de carne.

Você crê?

Então deixe que Jesus o transforme em nova criatura, em cidadão do Céu.


Lidio Feix 
Vi no site advir

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Misericórdia, etimologicamente misericórdia

Tanque de Betesda


 

Ora, em Jerusalém há, próximo à porta das ovelhas, um tanque, chamado em hebreu Betesda, o qual tem cinco alpendres.
Nestes jazia grande multidão de enfermos, cegos, mancos e ressicados, esperando o movimento da água.
Porquanto um anjo descia em certo tempo ao tanque, e agitava a água; e o primeiro que ali descia, depois do movimento da água, sarava de qualquer enfermidade que tivesse. 
João 5:2-4

Betesda, em hebraico significa Casa de Misericórdia.
A Bíblia tem pelo menos duas ótimas palavras, em seus originais, para misericórdia. São elas:

Chesed: Hebraico, ser bom, ser gentil, mostrar bondade para.

Eleos: Grego, ter misericórdia de, ajudar alguém aflito ou que busca auxílio, ajudar o aflito, levar ajuda ao miserável, experimentar misericórdia.

Mas talvez a melhor definição para misericórdia esteja no latim, idioma do qual descende o nosso português.
O termo é a junção de dois radicais; miseri, que é miséria e cardis, coração (donde vem a nossa palavra cardíaco). Ou seja, misericórdia é “Colocar um miserável no coração”.  
E bem podem encerrar estas definições, as palavras do Mestre:

Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia.
Mateus 5:07