quarta-feira, 7 de setembro de 2011

João e Cerinto







Irineu, bispo de Lyons de 175 até sua morte em 195 d.C., foi quem nos transmitiu o testemunho histórico de que João foi o autor do Evangelho que leva seu nome e que ele era o “discípulo a quem Jesus amava.” João 13:23
O bispo Irineu alegava ter ligação com o apostolo João por intermédio de Policarpo, bispo de Esmirna, que ao ser martirizado em 156 d.C. declarou aos seus executores, quando estes o instigavam a abandonar a fé, a célebre confissão: “Eu tenho servido Cristo por 86 anos e ele nunca me fez nada de mal. Como posso blasfemar contra meu Rei que me salvou? Eu sou um crente”!
Eusébio de Cesaréia, historiador da Igreja do século IV conservou uma carta em que Irineu relatou a um amigo que quando jovem, assentava-se aos pés de Policarpo para ouvir de suas conversações com o apostolo João e o ensino que dele havia recebido.
Mas um episódio em particular que o bispo Irineu dizia ter ouvido de Policarpo, seria a respeito do embate entre o apostolo João e Cerinto. O velho seguidor de Jesus teria fugido de um balneário publico em Éfeso gritando: “Salvemo-nos! O balneário vai desabar, porque dentro está Cerinto, o inimigo da verdade!”
Este incidente não deixa de corroborar com a forte preocupação que João tinha com a verdade. Preocupação esta vista em suas três cartas. Irineu forneceu em seus escritos detalhadas informações sobre as heresias de Cerinto, que não cabem aqui, mas nos abastecem com subsídios para comparar com os maus ensinos que João tanto combateu.

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