domingo, 2 de dezembro de 2012

Batalha Espiritual, uma introdução








1 – Introdução

Existem três níveis de batalha espiritual ou guerra espiritual:

- Nível 1: Batalha a nível de solo (pessoa a pessoa)

- Nível 2: Batalha a nível de instituição (organização/organização)
- Nível 3: Batalha a nível estratégico (tomada de cidades).

A batalha a nível solo é para curar o nosso povo e fechar as brechas.


2 – Os dois reinos

O homem entregou o direito legal dado por Deus sobre a terra, a satanás, quando pecou no Jardim do Édem, isto é, passou uma procuração em branco para que o adversário se tornasse posseiro, através do engano, daquilo que pertence a Deus e foi entregue nas mãos do homem. O pecado dá direito legal a este posseiro, satanás e seus demônios.

Mt 11.12 - “desde os dias de João Batista até agora o reino dos céus é tomado por esforço, e os que se esforçam se apoderam dele.”


I Co 15.24 - “Então virá o fim, quando tiver entregado o reino a Deus, ao Pai, e quando houver destruído todo o domínio, e toda autoridade e todo o poder.”


Mt 12.28 - “Se, porém, eu expulso os demônios pelo Espírito de Deus, certamente é chegado o reino de Deus sobre vós.”


O reino de Deus só é implantado quando o reino do inferno é subjugado.


3 – A missão de resgate do ser humano

Mas, desde a queda do homem, o nosso Deus planejou o seu resgate:

Gn 3.15 - “Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar”.


I Jo 3.8 - “ ... para isto se manifestou o Filho de Deus, para destruir as obras do diabo.”


Lc 19.10 - “Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o perdido.”


A salvação do homem, ou o resgate do homem à sua condição inicial, passa obrigatoriamente pela destruição das obras do diabo.


Sem libertação não há salvação


A Luta é espiritual

Ef 6.12 - “Pois não temos que lutar contra a carne e o sangue, e, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os poderes deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais da maldade nas regiões celestes.”

Lc 4.18 - “O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista ao cegos, para pôr em liberdade os oprimidos.”


Cl 1.13-14 - “Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu Amor, no qual temos a redenção, a remissão dos pecados.”


Mt 16.18b - “...as portas do inferno não prevalecerão contra a igreja.”


Aquele que não se prepara é como o rei descrito por Jesus em Lucas


Lc 14.31-32 - “Ou qual é o rei que, indo para combater outro rei, não se assenta primeiro para calcular se com dez mil homens poderá enfrentar o que vem contra ele com vinte mil? Caso contrário, estando o outro ainda longe, envia-lhe uma embaixada, pedindo condições de paz.”


4 – A nossa batalha é nas regiões celestes

Precisamos conhecer os lugares desta batalha, e onde nos encontramos:
Paulo define que é nas regiões celeste que se desenvolve esta guerra.

Vejamos:


O lugar onde Deus está:

Ef 1.3 - “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo.”

O lugar onde Jesus, depois de ressuscitado está:

Ef 1.20 - “o qual exerceu ele em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos e fazendo-o sentar à sua direita nos lugares celestes.”

O lugar daqueles que aceitaram a Jesus como salvador, é o lugar da igreja:

Ef 2.4-6 - “Mas Deus sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, e, estando mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, - pela graça sois salvos, e, juntamente, com ele, nos ressuscitou e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus.”

O lugar dos principados e potestades do império das trevas:

Ef 3.10 - “para que, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus se torne conhecida, agora, dos principados e potestades nos lugares celestiais.”

O lugar da guerra:

Ef 6.12 - “Pois não temos que lutar contra a carne e o sangue, e, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os poderes deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais da maldade nas regiões celestes.”

A chave é a oração:

Ef 6.18 - “com toda oração e súplica, orando em todo tempo no Espírito e para isto vigiando com toda perseverança e súplica por todos os santos.”

Só há uma maneira para entrarmos nas regiões celeste para guerrearmos:


é a oração.


A oração é o combustível que move os anjos do Senhor. A oração move o braço de Deus em favor da pessoas pelas quais estamos intercedendo para serem salvas.


Exemplos bíblicos de guerra espiritual:

Daniel – Dn 10.1-3, 13
Jesus – Lc 4.1-2
Paulo – At 16.16-18 e 19.1-20
Os grandes avivamentos só acontecem como resultado das orações do povo de Deus.

5 – As nossas armas de guerra

a – Arma de defesa – O sangue de Jesus – Hb 9.18-22; Ex 12.23; I Jo 1.7
b – Arma de ataque – O nome de Jesus – Mc 16.17-18; Lc 10.19; Jo 14.14
c – Arma de apoio – Os anjos de Deus – Sl 34.7; Sl 91.11; Hb 1.13-14
d – Arma estratégica – Unção com óleo – Is 10.27; Mc 6.13; Tg 1.14
e – Armadura de Deus – Ef 6.13-17

Chave principal: “Fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder.” Ef. 6.10

I – Capacete da salvação – Para proteger a mente, onde está o livre arbítrio.
II – Couraça da justiça – feita com o sangue de Jesus , que nos justifica e protege as nossas emoções.
III – Calçado com a preparação do Evangelho da Paz – Is 52.7
IV – Escudo da Fé – Sl 5.12; 7.10; 18.2; 18.30; 28.7; 84.11; 89.18; 91.4; 115.9
V – Espada do Espírito – Lc 4.1-13; Hb 4.12; Ap 1.16; Ap 19.15
VI – O cinto da verdade – Pv 6.16-19; Cl 3.9; Jo 8.44; Ef 4.25; Jo 8.44

Conclusão: Agora você está preparado para entrar em guerra que já tem um vencedor determinado: Jesus Cristo e você; e um perdedor definido: satanás e todo o seu inferno.

sábado, 1 de dezembro de 2012

O conhecimento doutrinário é um baluarte contra o erro




Diz-se com razão, que as estrelas surgiram antes da astronomia, e que as flores existiram antes da botânica, e que a vida existia antes da biologia, e que Deus existia antes da teologia.

Isto é verdade. Mas os homens em sua ignorância conceberam idéias supersticiosas acerca das estrelas, e o resultado foi a pseudociência da astrologia. Os homens conceberam falsas idéias acerca das plantas, atribuindo-lhes virtudes que não possuíam, e o resultado foi a feitiçaria. O homem na sua cegueira formou conceitos errôneos acerca de Deus e o resultado foi o paganismo com suas superstições e corrupção. Porém surgiu a astronomia com seus princípios verdadeiros acerca dos corpos celestes e dessa maneira expôs os erros da astrologia. Surgiu a botânica com a verdade sobre a vida vegetal e dessa maneira foram banidos os erros da feitiçaria. Da mesma maneira, as doutrinas bíblicas expurgam as falsas idéias acerca de Deus e de seus caminhos.

"Que ninguém creia que erro doutrinário seja um mal de pouca importância", declarou D. C. Hodge, teólogo de renome. "Nenhum caminho para a perdição jamais se encheu de tanta gente como o da falsa doutrina. O erro é uma capa da consciência, e uma venda para os olhos."



Extraído do livro Conhecendo as Doutrinas da Bíblia, de Myer Pearlman

domingo, 28 de outubro de 2012

Carta a Diogneto





Exódio

Excelentíssimo Diogneto,
1. Vejo que te interessas em aprender a religião dos cristãos e que, muito sábia e cuidadosamente te
informaste sobre eles: Qual é esse Deus no qual confiam e como o veneram, para que todos eles
desdenhem o mundo, desprezem a morte, e não considerem os deuses que os gregos reconhecem, nem
observem a crença dos judeus; que tipo de amor é esse que eles têm uns para com os outros; e,
finalmente, por que esta nova estirpe ou gênero de vida apareceu agora e não antes. Aprovo este teu
desejo e peço a Deus, o qual preside tanto o nosso falar como o nosso ouvir, que me conceda dizer de
tal modo que, ao escutar, te tornes melhor; e assim, ao escutares, não se arrependa aquele que falou.


Refutação da idolatria
2. Comecemos. Purificado de todos os preconceitos que se amontoam em sua mente; despojado do teu
hábito enganador, e tornado, pela raiz, homem novo; e estando para escutar, como confessas, uma
doutrina nova, vê não somente com os olhos, mas também com a inteligência, que substância e que
forma possuem os que dizeis que são deuses e assim os considerais; não é verdade que um é pedra,
como a que pisamos; outro é bronze, não melhor que aquele que serve para fazer os utensílios que
usamos; outro é madeira que já está podre; outro ainda é prata, que necessita de alguém que o guarde,
para que não seja roubado; outro é ferro, consumido pela ferrugem; outro de barro, não menos
escolhido que aquele usado para os serviços mais vis? Tudo isso não é de material corruptível? Não
são lavrados com o ferro e o fogo? Não foi o ferreiro que modelou um, o ourives outro e o oleiro
outro? Não é verdade que antes de serem moldados pelos artesãos na forma que agora têm, cada um
deles poderia ser, como agora transformado em outro? E se os mesmos artesãos trabalhassem os
mesmos utensílios do mesmo material que agora vemos, não poderiam transformar-se em deuses
como esses? E, ao contrário, esses que adorais, não poderiam transformar-se, por mãos de homens, em
utensílios semelhantes aos demais? Essas coisas todas não são surdas, cegas, inanimadas, insensíveis,
imóveis? Não apodrecem todas elas? Não são destrutíveis? A essas coisas chamais de deuses, as
servis, as adorais, e terminais sendo semelhante a elas. Depois, odiais os cristãos, porque estes não os
consideram deuses. Contudo, vós que os julgais e imaginais deuses, não os desprezais mais do que
eles? Por acaso não zombais deles e os cobris ainda mais de injúrias, vós que venerais deuses de pedra
e de barro, sem ninguém que os guarde, enquanto fechais à chave, durante a noite, aqueles feitos de
prata e de ouro, e de dia colocais guardas para que não sejam roubados? Com as honras que acreditais
tributar-lhes, se é que eles têm sensibilidade, na verdade os castigais com elas; por outro lado, se são
insensíveis, vós os envergonhais com sacrifícios de sangue e gordura. Caso contrário, que alguém de
vós prove essas coisas e permita que elas lhe sejam feitas. Mas o homem, espontaneamente, não
suportaria tal suplício, porque tem sensibilidade e inteligência; a pedra, porém, suporta tudo, porque é
insensível. Concluindo, eu poderia dizer-te outras coisas sobre o motivo que os cristãos têm para não
se submeterem a esses deuses. Se o que eu disse parece insuficiente para alguém, creio que seja inútil
dizer mais alguma coisa.


Refutação do culto judaico
3. Por outro lado, creio que desejais particularmente saber por que eles não adoram Deus à maneira
dos judeus. Os judeus têm razão quando rejeitam a idolatria, de que falamos antes, e prestam culto a
um só Deus, considerando-o Senhor do universo.Contudo, erram quando lhe prestam um culto
semelhante ao dos pagãos. Assim como os gregos demonstram idiotice, sacrificando a coisas
insensíveis e surdas, eles também, pensando em oferecer coisas a Deus, como se ele tivesse
necessidade delas, realizam algo que é parecido a loucura, e não um ato de culto. “Quem fez o céu e a
terra, e tudo o que neles existe”, e que provê todo aquilo de que necessitamos, não tem necessidade
nenhuma desses bens.Ele próprio fornece as coisas àqueles que acreditam oferece-las a ele. Aqueles
que crêem oferecer-lhe sacrifícios com sangue, gordura e holocaustos, e que o enaltecem com esses
atos, não me parecem diferentes daqueles que tributam reverência a ídolos surdos, que não podem
participar do culto. Os outros imaginam estar dando algo a quem de nada precisa.


O ritualismo judaico
4. Não creio que tenhas necessidade de que eu te informe sobre o escrúpulo deles a respeito de certos
alimentos, a sua superstição sobre os sábados, seu orgulho da circuncisão, seu fingimento com jejuns e
novilúnios, coisas todas ridículas, que não merecem nenhuma consideração. Não será injusto aceitar
algumas das coisas criadas por Deus para uso dos homens como bem criadas e rejeitar outras como
inúteis e supérfluas? Não é sacrílego caluniar a Deus, imaginando que nos proíbe fazer algum bem em
dia de sábado? Não é digno de zombaria orgulhar-se da mutilação do corpo como sinal de eleição,
acreditando, com isso ser particularmente amados por Deus? E o fato de estar em perpétua vigilância
diante dos astros e da lua, para calcular os meses e os dias, e distribuir as disposições de Deus, e
dividir as mudanças das estações conforme seus próprios impulsos, umas para festa e outras para luto?
Quem consideraria isto prova de insensatez e não de religião? Penso que agora tenhas entendido
suficientemente por que os cristãos estão certos em se abster da vaidade e do engano, assim como das
complicadas observâncias e das vanglórias dos judeus. Não creias poder aprender do homem o
mistério de sua própria religião.


Os mistérios cristãos
5. Os cristãos, de fato, não se distinguem dos outros homens, nem por sua terra, nem por sua língua ou
costumes. Com efeito, não moram em cidades próprias, nem falam língua estranha, nem têm algum
modo especial de viver. Sua doutrina não foi inventada por eles, graças ao talento e a especulação de
homens curiosos, nem professam, como outros, algum ensinamento humano. Pelo contrário, vivendo
em casa gregas e bárbaras, conforme a sorte de cada um, e adaptando-se aos costumes do lugar quanto
à roupa, ao alimento e ao resto, testemunham um modo de vida admirável e, sem dúvida, paradoxal.
Vivem na sua pátria, mas como forasteiros; participam de tudo como cristãos e suportam tudo como
estrangeiros.Toda pátria estrangeira é pátria deles, a cada pátria é estrangeira. Casam-se como todos e
geram filhos, mas não abandonam os recém-nascidos. Põe a mesa em comum, mas não o leito; estão
na carne, mas não vivem segundo a carne; moram na terra, mas têm sua cidadania no céu; obedecem
as leis estabelecidas, as com sua vida ultrapassam as leis; amam a todos e são perseguidos por todos;
são desconhecidos e, apesar disso, condenados; são mortos e, deste modo, lhes é dada a vida; são
pobres e enriquecem a muitos; carecem de tudo e tem abundância de tudo; são desprezados e, no
desprezo, tornam-se glorificados; são amaldiçoados e, depois, proclamados justos; são injuriados, e
bendizem; são maltratados, e honram; fazem o bem, e são punidos como malfeitores; são condenados,
e se alegram como se recebessem a vida. Pelos judeus são combatidos como estrangeiros, pelos
gregos são perseguidos, a aqueles que os odeiam não saberiam dizer o motivo do ódio.


A alma do mundo
6. Em poucas palavras, assim como a alma está no corpo, assim estão os cristãos no mundo. A alma
está espalhada por todas as partes do corpo, e os cristãos estão em todas as partes do mundo. A alma
habita no corpo, mas não procede do corpo; os cristãos habitam no mundo, mas não são do mundo.A
alma invisível está contida num corpo visível; os cristãos são vistos no mundo, mas sua religião é
invisível. A carne odeia e combate a alma, embora não tenha recebido nenhuma ofensa dela, porque
esta a impede de gozar dos prazeres; embora não tenha recebido injustiça dos cristãos, o mundo os
odeia, porque estes se opõem aos prazeres. A alma ama a carne e os membros que a odeiam; também
os cristãos amam aqueles que os odeiam. A alma está contida no corpo, mas é ela que sustenta o
corpo; também os cristãos estão no mundo como numa prisão, mas são eles que sustentam o mundo.A
alma imortal habita em uma tenda mortal; também os cristãos habitam como estrangeiros em moradas
que se corrompem, esperando a incorruptibilidade nos céus. Maltratada em comidas e bebidas, a alma
torna-se melhor; também os cristãos, maltratados, a cada dia mais se multiplicam. Tal é o posto que
Deus lhes determinou, e não lhes é lícito dele desertar.


Origem divina do cristianismo
7. De fato, como já disse, não é uma invenção humana que lhes foi transmitida, nem julgam digno
observar com tanto cuidado um pensamento mortal, nem se lhes confiou a administração de mistérios
humanos. Ao contrario, aquele que é verdadeiramente senhor e criador de tudo, o Deus invisível, ele
próprio fez descer do céu, para o meio dos homens, a verdade, a palavra santa e incompreensível, e a
colocou em seus corações. Fez isso, não m,andando para os homens, como alguém poderia imaginar,
algum dos seus servos, ou um anjo, ou algum príncipe daqueles que governam as coisas terrestres, ou
algum dos que são encarregados das administrações dos céus, mas o próprio artífice e criador do
universo; aquele por meio do qual ele criou os céus e através do qual encerrou o mar em seus limites;
aquele cujo mistério todos os elementos guardam fielmente; aquele de cuja mão o sol recebeu as
medidas que deve observar em seu curso cotidiano; aquele a quem a lua obedece, quando lhe manda
luzir durante a noite; aquele a quem obedecem as estrelas que formam o séqüito da lua em seu
percurso; aquele que, finalmente, por meio do qual todo foi ordenado, delimitado e disposto: os céus e
as coisas que existem nos céus, a terra e as coisas que existem na terra, o mar e as coisas que existem
no mar, o fogo, o ar, o abismo, aquilo que está no alto, o que está no profundo e o que está no meio.
Foi esse que Deus enviou. Talvez, como alguém poderia pensar, será que o enviou para que existisse
uma tirania ou para infundir-nos medo e prostração? De modo algum. Ao contrário, enviou-o com
clemência e mansidão, como um rei que envia seu filho. Deus o enviou, e o enviou como homem para
os homens; enviou-o para nos salvar, para persuadir, e não para violentar, pois em Deus não há
violência. Enviou-o para chamar, e não para castigar; enviou-o, finalmente, para amar, e não para
julgar. Ele o enviará para julgar, e quem poderá suportar sua presença? Não vês como os cristãos são
jogados às feras, para que reneguem o Senhor, e não se deixam vencer? Não vês como quanto mais
são castigados com a morte, tanto mais outros se multiplicam? Isso não parece obra humana. Isso
pertence ao poder de Deus e prova a sua presença.


A Encarnação
8. Quem de todos os homens sabia o que é Deus, antes que ele próprio viesse? Quererás aceitar os
discursos vazios e estúpidos dos filósofos, que por certo são dignos de toda fé? Alguns afirmam que
Deus é o fogo - para onde irão estes, chamando-o de deus? - Outros diziam que é água. Outros ainda
que é dos elementos criados por Deus. Não há dúvida de que se alguma dessas afirmações é aceitável,
poderíamos também afirmar que cada uma de todas as criaturas igualmente manifesta Deus. Mas
todas essas coisas são charlatanices e invenções de charlatães. Nenhum homem viu, nem conheceu a
Deus, mas ele próprio se revelou a nós. Revelou-se mediante a fé, unicamente pala qual é concedido
ver a Deus. Deus, Senhor e criador do universo, que fez todas as coisas e as estabeleceu em ordem,
não só se mostrou amigo dos homens, mas também paciente. Ele sempre foi assim, continua sendo, e
o será: clemente, bom, manso e verdadeiro. Somente ele é bom. Tendo concebido grande e inefável
projeto, ele o comunicou somente ao Filho. Enquanto o mantinha no mistério e guardava sua sábia
vontade, parecia que não cuidava de nós, não pensava em nós. Todavia, quando, por meio de seu
Filho amado, revelou e manifesto o que tinha estabelecido desde o princípio, concedeu-nos junto todas
as coisas: não só participar de seu benefícios, mas ver e compreender coisas que nenhum de nós teria
jamais esperado.


A economia divina
9. Quando Deus dispôs todo em si mesmo juntamente com seu Filho, no tempo passado, ele permitiu
que nós, conforme a nossa vontade, nos deixássemos arrastar por nossos impulsos desordenados,
levados por prazeres e concupiscências. Ele não se comprazia com os nossos pecados, mas também os
suportava. Também não aprovava aquele tempo de injustiça, mas preparava o tempo atual de justiça,
para que nos convencêssemos de que naquele tempo, por causa de nossas obras, éramos indignos da
vida, e agora, só pela bondade de Deus, somos dignos dela. Também para que ficasse claro que por
nossas forças era impossível entrar no Reino de Deus, e que somente pelo seu poder nos tornamos
capazes disso. Quando a nossa injustiça chegou ao máximo e ficou claro que a única retribuição que
poderiam esperar era castigo e morte, chegou o tempo que Deus estabelecera para manifestar a sua
bondade e o seu poder. Oh imensa bondade e amor de Deus! Ele não nos odiou, não nos rejeitou, nem
guardou ressentimento contra nós. Pelo contrário, mostrou-se paciente e nos suportou. Com,
misericórdia tomou para si os nossos pecados e enviou o seu Filho para nos resgatar: o santo pelos
ímpios, o inocente pelos maus, o justo pelos injustos, o incorruptível pelos corruptíveis, o imortal
pelos mortais. De fato, que outra coisa poderia cobrir nossos pecados, senão a sua justiça? Por meio de
quem poderíamos ter sido justificados nós, injustos e ímpios, a não ser unicamente pelo Filho de
Deus? Oh doce troca, oh obra insondável, oh inesperados benefícios! A injustiça de muito é reparada
por um só justo, e a justiça de um só torna justos muitos outros. Ele antes nos convenceu da
impotência da nossa natureza para ter a vida; agora mostra-nos o salvador capaz de salvar até mesmo
o impossível Com essas duas coisas, ele quis que confiássemos na sua bondade e considerássemos
nosso sustentador, pai, mestre, conselheiro, médico, inteligência, luz, homem, glória, força, vida, sem
preocupações com a roupa e o alimento.


A essência da nova religião
10. Se também desejas alcançar esta fé, primeiro deves obter o conhecimento do Pai. Deus, com
efeito, amou os homens. Para eles criou o mundo e a eles submeteu todas as coisas que estão sobre a
terra. Deu-lhes a palavra e a razão, e só a eles permitiu contemplá-lo. Formou-os à sua imagem,
enviou-lhes o seu Filho unigênito, anunciou-lhes o reino do céu, e o dará àqueles que o tiverem
amado. Depois de conhece-lo, tens idéia da alegria com que será preenchido? Como não amarás
aquele que tanto te amou? Amando-o, tu te tornarás imitador da sua bondade. Não te maravilhes de
que um homem possa se tornar imitador de Deus. Se Deus quiser, o homem poderá. A felicidade não
está em oprimir o próximo, ou em querer estar pro cima dos mais fracos, ou enriquecer-se e praticar
violência contra os inferiores. Deste modo, ninguém pode imitar a Deus, pois tudo isto está longe de
sua grandeza. Todavia, quem toma para si o peso do próximo, e naquilo que é superior procura
beneficiar o inferior; aquele que dá aos necessitados o que recebeu de Deus, é como Deus para os que
receberam de sua mão, é imitador de Deus. Então, ainda estando na terra, contemplarás porque Deus
reina nos céus. Aí começarás a falar dos mistérios de Deus, amarás e admirarás os que são castigados
por não querer negar a Deus. Condenarás o erro e o engano do mundo, quando realmente conheceres a
vida no céu, quando desprezares esta vida que aqui parece morte, e temeres a morte verdadeira,
reservada àqueles que estão condenados ao fogo eterno, que atormentarás até o fim aqueles que lhe
forem entregues. Se conheceres este fogo, ficarás admirado, e chamarás de felizes aqueles que, com
justiça, suportaram o fogo passageiro.


O discípulo do Verbo
11. Não falo de coisas estranhas, nem busco coisas absurdas. Discípulo dos apóstolos, torno-me agora
mestre das nações e transmito o que me foi entregue para aqueles que se tornaram discípulos dignos
da verdade. De fato quem foi retamente instruído e gerado pelo Verbo amável, não procura aprender
com clareza o que o mesmo Verbo claramente mostrou aos seus discípulos? O Verbo apareceu para
eles, manifestando-se e falando livremente. Os incrédulos não o compreenderam, mas ele guiou os
discípulos que julgou fiéis, e estes conheceram os mistérios do Pai. Deu enviou o Verbo como graça,
para que se manifestasse ao mundo. Desprezado pelo povo, foi anunciado pelos apóstolos a acreditado
pelos pagãos. Desde o princípio e apareceu como novo e era antigo, a agora sempre se torna novo nos
corações dos fiéis. Ele é desde sempre, e hoje é reconhecido como Filho. Por meio dele, a Igreja se
enriquece e a graça se multiplica, difundindo-se nos fiéis. Essa graça inspira a sabedoria, desvela os
mistérios e anuncia os tempos, alegra-se nos fiéis, entrega-se aos que a buscam, sem infringir as regras
da fé nem ultrapassar os limites dos Padres. Celebra-se então o temor da lei, reconhecesse a graça dos
profetas, conserva-se a fé dos evangelhos, guarda-se a tradição dos apóstolos e a graça da Igreja
exulta. Não contristando essa graça, saberás o que o Verbo diz por meio dos que ele quer e quando
quer. Com efeito, quantas coisas fomos levados a vos explicar com zelo pala vontade do Verbo que
no-las inspira! Nós vos comunicamos por amor essas mesmas coisas que nos foram reveladas.


A verdadeira ciência
12. Atendendo e ouvindo com cuidado, conhecereis que coisas Deus prepara para os que o amam com
lealdade. Transformam-se em paraíso de delícias, produzindo em si mesmos uma arvora fértil e
frondosa, ornados com toda a variedade de frutos. Com efeito, neste lugar foi plantada a árvore da
ciência e a arvora da vida; não é a arvora da ciência que mata, e sim a desobediência. Não é sem
sentido que está escrito: No princípio Deus plantou a arvora da ciência da vida no meio do paraíso,
indicando assim a vida por meio da ciência. Contudo, por não tê-la usado de maneira pura, os
primeiros homens ficaram nus por causa da sedução da serpente. De fato, não há vida sem ciência,
nem ciência segura sem verdadeira vida, e por isso as duas árvores foram plantadas uma perto da
outra. Compreendendo essa força e lastimando a ciência que se exercita sobre a vida sem a norma da
verdade, o Apóstolo diz: “A ciência incha; o amor, porém, edifica.” De fato, quem pensa que sabe
alguma coisa sem a verdadeira ciência, testemunhada pela vida, não sabe nada: é enganado pala
serpente, não tendo amado a vida. Aquele, porém, que sabe com temor e procura a vida, planta na
esperança, esperando o fruto. Que a ciência seja coração para ti; a vida seja o Verbo verdadeiramente
compreendido. Levando a arvora dele e produzindo fruto, sempre colherás o que é agradável diante de
Deus, o que a serpente não toca, nem se mistura em engano; nem Eva é corrompida, mas reconhecida
como virgem. A salvação é mostrada, os apóstolos são compreendidos, a Páscoa do Senhor se adianta,
os círios se reúnem, harmoniza-se com o mundo e, instruindo os santos, o Verbo se alegra, pelo qual o
Pai é glorificado. A ele, a glória pelos séculos. Amém.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Equilíbrio Teológico entre Calvinismo e Arminianismo



As respectivas posições fundamentais, tanto do Calvinismo como do Arminianismo, são ensinadas nas Escrituras. O Calvinismo exalta a graça de Deus como a única fonte de salvação — e assim o faz a Bíblia; o Arminianismo acentua a livre vontade e responsabilidade do homem — e assim o faz a Bíblia. A solução prática consiste em evitar os extremos antibíblicos de um e de outro ponto de vista, e em evitar colocar uma idéia em aberto antagonismo com a outra. Quando duas doutrinas bíblicas são colocadas em posição antagônica, uma contra a outra, o resultado é uma reação que conduz ao erro. Por exemplo: a ênfase demasiada à soberania e à graça de Deus na salvação pode conduzir a uma vida descuidada, porque se a pessoa é ensinada a crer que conduta e atitude nada têm a ver com sua salvação, pode tornar-se negligente. Por outro lado, ênfase demasiada sobre a livre vontade e responsabilidade do homem, como reação contra o Calvinismo, pode trazer as pessoas sob o jugo do legalismo e despojá-las de toda a confiança de sua salvação. Os dois extremos que devem ser evitados são: a ilegalidade e o legalismo.

Quando Carlos Finney ministrava em uma comunidade onde a graça de Deus havia recebido excessiva ênfase, ele acentuava muito a responsabilidade do homem. Quando dirigia trabalhos em localidades onde a responsabilidade humana e as obras haviam sido fortemente defendidas, ele acentuava a graça de Deus. Quando deixamos os mistérios da predestinação e nos damos à obra prática de salvar as almas, não temos dificuldades com o assunto. João Wesley era arminiano e George Whitefield calvinista. Entretanto, ambos conduziram milhares de almas a Cristo. Pregadores piedosos calvinistas, do tipo de Carlos Spurgeon e Carlos Finney, têm pregado a perseverança dos santos de tal modo a evitar a negligência. Eles tiveram muito cuidado de ensinar que o verdadeiro filho de Deus certamente perseveraria até ao fim, mas acentuaram que se não perseverassem, poriam em dúvida o fato do seu novo nascimento. Se a pessoa não procurasse andar na santidade, dizia Calvino, bem faria em duvidar de sua eleição.

É inevitável defrontarmo-nos com mistérios quando nos propomos tratar as poderosas verdades da presciência de Deus e a livre vontade do homem; mas se guardamos as exortações práticas das Escrituras, e nos dedicamos a cumprir os deveres específicos que se nos ordenam, não erraremos. "As coisas encobertas são para o Senhor Deus, porém as reveladas são para nós" (Deut. 29:29). Para concluir, podemos sugerir que não é prudente insistir falando indevidamente dos perigos da vida cristã. Maior ênfase deve ser dada aos meios de segurança — o poder de Cristo como Salvador; a fidelidade do Espírito Santo que habita em nós, a certeza das divinas promessas, e a eficácia infalível da oração. O Novo Testamento ensina uma verdadeira "segurança eterna", assegurando-nos que, a despeito da debilidade, das imperfeições, obstáculos ou dificuldades exteriores, o cristão pode estar seguro e ser vencedor em Cristo. Ele pode dizer com o apóstolo Paulo: "Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação, ou a angústia, ou a perseguição ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada? Como está escrito: Por amor de ti somos entregues à morte todo o dia; fomos reputados como ovelhas para o matadouro. Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou. Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor" (Rom. 8:35-39). 


Extraído do livro Conhecendo as Doutrinas da Bíblia, de Myer Pearlman

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

A Influência do Reino


Mateus 13:33 O Reino é tipificado como fermento diante da farinha. O pequeno face ao gigante, mas capaz de promover influência e transformação (levedar).
 
O evangelista Mateus registra no bloco das parábolas do reino, sete parábolas, sendo que seis falam sobre o Reino de Deus:

1 Semeador > Palavra

2 Joio > Reino dos Céus

3 Grão de mostarda > Reino dos Céus

4 Fermento > Reino dos Céus

5 Tesouro escondido > Reino dos Céus

6 Perola > Reino dos Céus

7 Rede > Reino dos Céus

O Reino mereceu uma atenção especial no ministério de Jesus. O Mestre ensinava tanto sobre o Reino, como falava sobre salvação.
Jesus deu preferência para as parábolas ao tratar sobre o Reino, Pois as pessoas simples entenderiam a mensagem sem maiores dificuldades, ao passo que os religiosos da época, preocupados com os códigos teológicos, iriam ignorar as verdades ensinadas por Jesus.

Marcos 1:1/15 Salvação e Reino foram as primeiras mensagens de Jesus

 
Tanto as expressões dos Céus como de Deus são válidas. O costume dos judeus de evitarem o nome de Deus para respeitá-lo é usado aqui. As expressões que o Novo Testamento usa são:

Basileia thou Theos Reino de Deus
Basileia Ouranos Reino dos Céus, aparece 33x na Bíblia

Basileia significa reino em grego, tem sua origem na palavra baino (caminhar) que vem de basis, que quer dizer pé.
O que aprendemos aqui: onde eu ponho os meus pés, ali se manifesta o Reino. Paulo em Romanos interpreta citação de Isaías que fala que os pés dos que anunciam o evangelho, são formosos. Em 3 oportunidades a bíblia fala em pés formosos, sempre relacionados a Igreja. Romanos 10:15 Cânticos 7:1 Isaías 52:7

As 3 medidas equivalem a 20-21 Kg. Uma grande quantidade de farinha para pouco fermento. Todas as vezes que a Bíblia fala figuradamente de fermento, é em sentido pejorativo. O Fermento dos fariseus e saduceus; Um pouco de fermento leveda toda a massa.

Lucas 17:21 O Reino está dentro de nós.


Pablo Geovani

domingo, 5 de agosto de 2012

A salvação é condicional ou incondicional?


A salvação é condicional ou incondicional? Uma vez salva, a pessoa é salva eternamente? A resposta dependerá da maneira em que podemos responder às seguintes perguntas-chave: De quem depende a salvação? É irresistível a graça?


1) De quem depende, em última análise, a salvação: de Deus ou do homem? Certamente deve depender de Deus, porque, quem poderia ser salvo se a salvação dependesse da força da própria pessoa? Podemos estar seguros disto: Deus nos conduzirá à vitória, não importa quão débeis ou desatinados sejamos, uma vez que sinceramente desejamos fazer a sua vontade. Sua graça está sempre presente para nos admoestar, reprimir, animar e sustentar. Contudo, não haverá um sentido em que a salvação dependa do homem? As Escrituras ensinam constantemente que o homem tem o poder de escolher livremente entre a vida e a morte, e Deus nunca violará esse poder.

2) Pode-se resistir à graça de Deus? Um dos princípios fundamentais do Calvinismo é que a graça de Deus e irresistível. Quando Deus decreta a salvação de uma pessoa, seu Espírito atrai, e essa atração não pode ser resistida. Portanto, um verdadeiro filho de Deus certamente perseverará até ao fim e será salvo; ainda que caia em pecado, Deus o castigará e pelejará com ele. Ilustrando a teoria calvinista diríamos: é como se alguém estivesse a bordo dum navio, e levasse um tombo; contudo está a bordo ainda; não caiu ao mar. Mas o Novo Testamento ensina, sim, que é possível resistir à graça divina e resistir para a perdição eterna (João 6:40; Heb. 6:46; 10:26-30; 2 Ped. 2:21; Heb. 2:3; 2 Ped. 1:10), e que a perseverança é condicional dependendo de manter-se em contacto com Deus.

Note-se especialmente Heb. 6:4-6 e 10:26-29. Essas palavras foram dirigidas a cristãos; as epístolas de Paulo não foram dirigidas aos não-regenerados. Aqueles aos quais foram dirigidas são descritos como havendo sido uma vez iluminados, havendo provado o dom celestial, participantes do Espírito Santo, havendo provado a boa Palavra de Deus e as virtudes do século futuro. Essas palavras certamente descrevem pessoas regeneradas. Aqueles aos quais foram dirigidas essas palavras eram critãos hebreus, que, desanimados e perseguidos (10:32-39), estavam tentados a voltar ao Judaísmo. Antes de serem novamente recebidos na sinagoga, requeria-se deles que, publicamente, fizessem as seguintes declarações (10:29): que Jesus não era o Filho de Deus; que seu sangue havia sido derramado justamente como o dum malfeitor comum; e que seus milagres foram operados pelo poder do maligno. Tudo isso está implícito em Heb. 10:29. (Que tal repúdio da fé podia haver sido exigido, é ilustrado pelo caso dum cristão hebreu na Alemanha, que desejava voltar à sinagoga, mas foi recusado porque desejava conservar algumas verdades do Novo Testamento.) Antes de sua conversão havia pertencido à nação que crucificou a Cristo; voltar à sinagoga seria de novo crucificar o Filho de Deus e expô-lo ao vitupério; seria o terrível pecado da apostasia (Heb. 6:6); seria como o pecado imperdoável para o qual não há remissão, porque a pessoa que está endurecida a ponto de cometê-lo não pode ser "renovada para arrependimento"; seria digna dum castigo mais terrível do que a morte (10:28); e significaria incorrer na vingança do Deus vivo (10:30, 31).

Não se declara que alguém houvesse ido até esse ponto; de fato , o autor está persuadido de "coisas melhores" (6:9). Contudo, se o terrível pecado da apostasia da parte de pessoas salvas não fosse ao menos remotamente possível, todas essas admoestações careceriam de qualquer fundamento. Leia-se 1 Cor. 10:1-12. Os coríntios se haviam jactado de sua liberdade cristã e da possessão dos dons espirituais. Entretanto, muitos estavam vivendo num nível muito pobre de espiritualidade. Evidentemente eles estavam confiando em sua "posição" e privilégios no Evangelho. Mas Paulo os

adverte de que os privilégios podem perder-se pelo pecado, e cita os exemplos dos israelitas. Estes foram libertados duma maneira sobrenatural da terra do Egito, por intermédio de Moisés, e, como resultado, o aceitaram como seu chefe durante a jornada para a Terra da Promissão. A passagem pelo Mar Vermelho foi um sinal de sua dedicação à direção de Moisés. Cobrindo-os estava a nuvem, o símbolo sobrenatural da presença de Deus que os guiava. Depois de salvá-los do Egito, Deus os sustentou, dando-lhes, de maneira sobrenatural, o que comer e beber. Tudo isso significava que os israelitas estavam em graça, isto é: no favor e na comunhão com Deus.

Mas "uma vez em graça sempre em graça" não foi verdade no caso dos israelitas, pois a rota de sua jornada ficou assinalada com as sepulturas dos que foram destruídos em conseqüência de suas murmurações, rebelião e idolatria. O pecado interrompeu sua comunhão com Deus, e, como resultado, caíram da graça. Paulo declara que esses eventos foram registrados na Bíblia para advertir os cristãos quanto à possibilidade de perder os mais sublimes privilégios por meio do pecado deliberado.
Extraído do livro Conhecendo as Doutrinas da Bíblia, de Myer Pearlman






















































































































































































O embuste de Piltdown



O "HOMEM PILTDOWN" foi descoberto por certo fossilista, por nome de Charles Dawsom. Afirmou que achou os restos de um "Homem" em um areeiro perto de Pildown, na Inglaterra. Os fósseis, agora no museu Britânico, foram aclamados por paleontologistas, que afirmavam que os fósseis datavam da origem do homem, a meio milhão de anos. O HOMEM PILTDOWN foi honrado de publicidade extraordinária. Das relíquias sem valor de um enbuste, foi reconstruído um ser mostruoso e sub humano. Gravuras dele enfeitavam os livros escolares e mesmo das escolas superiores. O "fóssil" PILTDOWN foi aceito pelos evolucionistas como autêntico, e ostentado diante dos que amam a Bíblia. Era a prova final, diziam eles, que a raça humano originou por evolução. Mas, a história completa do GRANDE EMBUSTE DE PILTDOWN, apareceu em Reader's Digest, no número de outubro de 1956. Um certo Dr. Weiner, de Oxfor, notou algumas circustâncias estranhas acerca do Homem PILTDOWN.

Os dentes desse ser humano pareciam gastos de uma maneira que não podia acontecer a um macaco. Podia ser que alquem deliberadamente tivesse tirado uma grande parte dos dentes com uma lima. Com outro cientista foi ao museu britânico. Descobriram, por um microscópio, que de fato alquém tirara grande parte dos dentes com a lima. Por meio de um medidor Geiger e outos meios, não conhecidos no tempo de Charles Dawson "descobrir" o "fóssil", verificaram que os fósseis datavam de 50 anos em vez de 500 mil , e que era de um macaco e não de um ser humano ! Dawson o enbusteiro, então morto, colara astutamente o maxilar. Assim os evolucionistas se tornaram vitimas do mais infame enbuste de todos os tempos. Se os evolucionistas calcularam a idade de um osso em 500 mil anos, enquanto tinha apenas 50 anos, como podemos comfiar nos seus outros cálculos?
Extraída da Pequena Enciclopédia Bíblica de O.S. Boyer

segunda-feira, 30 de julho de 2012

O buraco da agulha



O jovem rico amava tanto as suas riquezas que elas lhe serviram de impedimento para aceitar a vida eterna oferecida pelo Filho de Deus. Ao falar sobre a impossibilidade desse tipo de pessoas entrarem no reido de Deus, Jesus empregou a ilustração que é a impossibilidade de um camelo passar pelo buraco de uma agulha. Alguns tem imaginado que o buraco da agulha referido fosse uma portinhola, no muro de Jerusalém, atravé do qual pudesse finalmente passar um camelo, depois de muitos puxões e empurrões.

O grego de Mateus 19:24 e de Marcos 10:25 fala de uma agulha usada com linha, enquanto que o de Lucas 18:25 usa o termo médico que indicava uma agulha usada nas operações cirúrgicas. E evidente que ali não é considerada nenhuma portinhola, mas sim, o pequeno buraco de uma agulha de costura. Provavelmente era um provérbio comum para ilustrar cosias impossíveis. O Talmude fala por duas vezes de um elefante para o qual é impossível passar pelo buraco de uma agulha. Por conseguinte, quem quer que ame as riquezes, a ponto de isso impedi-lo de confiar em Jesus Cristo como Salvador, está impossibilitado de ser salvo.


Em resposta à pergunta feita pelos discípulos: "Então quem pode ser salvo?", Jesus respondeu: "Os impossíveis dos homens são possíveis para Deus" (Lucas 18:27). Nessa frase, as palavras "dos" e "para" são uma só no original, cujo sentido literal é "ao lado". Tome-se o lado do homem, na questão das riquezas, e torna-se impossível a salvação. Porém, tome-se o lado de Deus sobre a questão e a impossibilidade anterior se transforma em possibilidade.

Kenneth S. Wuest

Vi no Blog Cinco Solas

domingo, 29 de julho de 2012

Uma morte anunciada.



A morte de Jesus é a verdade mais bem documentada do mundo! O sacrifício vicário do nosso Senhor é bem registrado ao longo das Escrituras, chegando a ser relatado com exatidão muitos séculos antes de ser consumado.

Aspectos da morte de Jesus
 No Novo Testamento
Referência no Antigo Testamento



Em obediência ao Pai                                                   
João 18:11
Salmos 40:8
Anunciada por Ele mesmo

João 18:32
Números 21:8-9
No lugar de Seu povo

João 18:14
Isaías 53:4-6
Com malfeitores

João 19:18
Isaías 53:12
Em inocência

João 19:18
Salmos 22:16
Crucificado

João 19:6
Isaías 53:9
Sepultado no túmulo de um homem rico
João 19:38-42
Isaías 53:9