sexta-feira, 25 de novembro de 2011

As Institutas de Calvino

 
 
Lecionar teologia da Reforma me obrigou a ler as Institutas, obra magistral do reformador francês João Calvino. Sua teologia, apresentada em quatro livros e 80 capítulos, é desenvolvida em torno da crença na absoluta soberania divina. Ainda que sua teologia não me agrade, é preciso reconhecer, Calvino é lógico, honesto e coerente em quase tudo o que afirma. Em minha opinião, sua grande falha lógica está aqui:
Onde ouves menção da glória de Deus, aí deves pensar em sua justiça. Ora, o que merece louvor tem de ser justo. Portanto, o homem cai porque assim o ordenou a providência de Deus; no entanto, cai por falha sua. [...] Logo, por sua própria malignidade o homem corrompeu a natureza pura que havia recebido do Senhor, e em sua ruína arrastou consigo à ruína toda a posteridade (As Institutas, Livro III, cap. XXIII, sessão 8)
Para Calvino o homem peca porque Deus assim decretou, mas ainda assim é responsável por seus atos maus. Tal "decreto espantoso" não possui explicação, e não cabe ao homem questioná-lo. Surge uma nova pergunta: e Adão, o primeiro homem, também agiu de acordo com os propósitos divinos? Calvino explica: 
O primeiro homem, pois, caiu porque o Senhor assim julgara ser conveniente. Por que ele assim o julgou nos é oculto. Entretanto, é certo que ele não o julgou de outro modo, senão porque via daí ser, com razão, iluminada a glória de seu nome (As Institutas, Livro III, cap. XXIII, sessão 8).
Para fechar, uma última declaração de Calvino (prepare-se): 
Eu concedo mais: os ladrões e os homicidas, e os demais malfeitores, são instrumentos da divina providência, dos quais o próprio Senhor se utiliza para executar os juízos que ele mesmo determinou. Nego, no entanto, que daí se deva permitir-lhes qualquer escusa por seus maus feitos (As Institutas, Livro I, Capítulo XVII, seção 5).

Jones F. Mendonça 
Vi no site do  Genizah

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Hebreus; autor e data.



Uma forte corrente de pensamento cristão tem creditado a autoria de Hebreus ao apostolo Paulo. E são bem fortes as razões para tal afirmativa:


1. Existe uma referência à Timóteo, companheiro de Paulo. Hebreus 13:23

2. Há algumas idéias que fazem parte da fraseologia do apostolo Paulo, "o justo viverá da fé", em Hebreus 10:38, pode ser um exemplo.

3. É muito forte na tradição da Igreja que aponta a autoria paulina.

4. Em II Pedro 3;15-16 Pedro afirma que Paulo escreveu coisas difíceis de entender. Seria alusão ao Livro de Hebreus?

5. As linhas de Hebreus expressam forte conhecimento das leis e cultura judaicas. Isso qualifica ainda mais o apostolo.

Por outro lado, as evidencias em contrário parecem ser mais conclusivas:


1. O livro não trás o nome e a saudação de Paulo, elementos sempre presentes nas epístolas paulinas.


2. A forma e estilo da escrita em Hebreus difere consideralvelmente quando comparado com os escritos do apostolo Paulo.


3. Paulo alega ser apostolo dos gentios. (Atos 9:15 por exemplo). Hebreus claramente é dirigida aos judeus cristãos.

Para mais detalhes, ver o post O autor de Hebreus

No entanto, a data da epístola de Hebreus pode ser fixada com até uma certa precisão. Hebreus 10:11 parece sugerir que o Templo de Jerusalém estava em funcionamento, ou seja, não havia sido destruído, o que ocorreu em 70 d.C.. Já em Hebreus 13:23, existe uma alusão à soltura de Timóteo da prisão em Roma, o que aponta para o ano de 64 d.C.. Com estas informações, pode podemos datar Hebreus entre 64 e 70 d.C.




Pablo Geovani

terça-feira, 15 de novembro de 2011

A pregação em gráficos

O Drº Glen Yoder ilustra muito bem como tem sido as prédicas nas igrejas atualmente. E ele o faz através dos seguinte diagramas.





Legendas:

IP  Influência primordial

IS  Influência secundária

IM Influência mínima

A   O que aconteceu em muitas igrejas
B   O que Deus quer que aconteça



Extraído do Livro Criando Comunidades Do Reino