A igreja primitiva era muito perseguida. O cristão daquele tempo não podia sair na rua declarando publicamente “EU SOU CRISTÃO“.
Porque isso poderia lhe custar a vida, o culto também não era público, o
mesmo acontece hoje com cristãos em países como Coréia do Norte, por
exemplo, onde identificar-se como cristão a pessoa errada é sinônimo de
prisão, violência e até mesmo a morte.
Diante desta realidade a necessidade a igreja primitiva entendeu ser necessário criar uma forma “secreta” de se dizer “EU SOU CRISTÃO“. Não se sabe de fato em que momento o peixe se tornou este código, mas todos concordam que sua escolha foi e melhor possível.
Ao contrário do que se pensa, o uso do peixe como símbolo não foi
criação dos cristãos antigos gregos, romanos, pagãos e muitos outros
também usaram o símbolo do peixe antes de os cristãos. Assim o peixe, ao
contrário da cruz, atraia pouca suspeita, tornando-se um símbolo
secreto perfeito para os crentes perseguidos. Quando ameaçados pelos
romanos nos primeiros séculos depois de Cristo, os cristãos usaram os
peixes para marcar túmulos e lugares de encontros, ou para distinguir
amigos de perseguidores.
Como era feita a identificação?
De acordo com uma história antiga, quando um cristão encontrava um
estranho em uma estrada, desenhava no chão um arco. Se a outra pessoa
desenhasse o arco contrário, formando assim o peixe, ambos os crentes
sabiam que estavam em boa companhia.
O hábito atualmente de usar o peixe cristão em cartões, cartazes e
adesivos para carros remontam a essa prática, porém muitos são os que
desconhecem seu verdadeiro significado e importância na história da
Igreja.
O peixe não era usado como hoje, para identificação de um cristão, isso
seria o mesmo que pintar um alvo nas costas, mas uma identificação
secreta, seguida de cuidados e expectativas pois na mente dos
perseguidores os cristãos eram uma ameaça que deveria ser violentamente
combatida.
Você sabe o que acontece se hoje, um cristão norte-coreano escrever em seu carro “EU SOU CRISTÃO”?
Perseguição, prisão, violência e morte, a não ser que negue sua fé. Mas
qual fé? A fé em Jesus Cristo, filho de Deus, Salvador.
O Ichthys (Ichtus)
Jesus disse a seus discípulos que, aqueles que o seguissem seriam feitos pescadores de homens (Marcos 1:17), então cada novo cristão era um peixinho.
O batismo nas águas, praticado por imersão como o de Cristo, na Igreja
primitiva, reforçou este paralelo entre os peixes e os convertidos.
Tertuliano, teólogo e autor cristão do segundo século escreveu: “Nós,
pequenos peixes, segundo a imagem do nosso Ichthys (Ichtus), Jesus
Cristo, nascemos na água".
Ichthys (Ichtus) é a palavra grega para peixe, e as suas letras formam o acrônimo grego com a frase “Iesoûs Christòs Theoû Hyiòs Soter”, que quer dizer “Jesus Cristo, filho de Deus, Salvador” e tem outra forte ligação, com a resposta de Pedro ao Senhor Jesus descrita em Mateus 16:15 e 16.
Romanos 10:09 afirma que todo aquele que confessar Jesus Cristo com os
lábios, e crer com o coração que Deus o ressuscitou dentre os mortos,
este será salvo, assim, a declaração de que Jesus Cristo é o filho de
Deus, deve ser profunda para que tenha efeito em si.
A igreja primitiva sabia disto, e a cada novo arco era desenhado havia a
expectativa de se encontrar um irmão com quem caminhar seguro, a cada
peixe desenhado havia a declaração de que Jesus Cristo é o filho de
Deus, o Salvador, a maior declaração de todas, uma verdade na qual e
pela qual muitos cristão deram suas vidas.
Reconhecer Jesus como Filho de Deus vivo é a rocha sobre a qual a Igreja
está firmada, e é isso que, de fato, o Ichthys (Ichtus) significa.
Vi no Blog Fogo para Missões
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