segunda-feira, 30 de julho de 2012
O buraco da agulha
O jovem rico amava tanto as suas riquezas que elas lhe serviram de impedimento para aceitar a vida eterna oferecida pelo Filho de Deus. Ao falar sobre a impossibilidade desse tipo de pessoas entrarem no reido de Deus, Jesus empregou a ilustração que é a impossibilidade de um camelo passar pelo buraco de uma agulha. Alguns tem imaginado que o buraco da agulha referido fosse uma portinhola, no muro de Jerusalém, atravé do qual pudesse finalmente passar um camelo, depois de muitos puxões e empurrões.
O grego de Mateus 19:24 e de Marcos 10:25 fala de uma agulha usada com linha, enquanto que o de Lucas 18:25 usa o termo médico que indicava uma agulha usada nas operações cirúrgicas. E evidente que ali não é considerada nenhuma portinhola, mas sim, o pequeno buraco de uma agulha de costura. Provavelmente era um provérbio comum para ilustrar cosias impossíveis. O Talmude fala por duas vezes de um elefante para o qual é impossível passar pelo buraco de uma agulha. Por conseguinte, quem quer que ame as riquezes, a ponto de isso impedi-lo de confiar em Jesus Cristo como Salvador, está impossibilitado de ser salvo.
Em resposta à pergunta feita pelos discípulos: "Então quem pode ser salvo?", Jesus respondeu: "Os impossíveis dos homens são possíveis para Deus" (Lucas 18:27). Nessa frase, as palavras "dos" e "para" são uma só no original, cujo sentido literal é "ao lado". Tome-se o lado do homem, na questão das riquezas, e torna-se impossível a salvação. Porém, tome-se o lado de Deus sobre a questão e a impossibilidade anterior se transforma em possibilidade.
domingo, 29 de julho de 2012
Uma morte anunciada.
A morte de Jesus é a verdade mais bem documentada do mundo! O sacrifício vicário do nosso Senhor é bem registrado ao longo das Escrituras, chegando a ser relatado com exatidão muitos séculos antes de ser consumado.
Aspectos
da morte de Jesus
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No
Novo Testamento
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Referência
no Antigo Testamento
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Em
obediência ao Pai
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João
18:11
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Salmos
40:8
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Anunciada
por Ele mesmo
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João
18:32
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Números
21:8-9
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No
lugar de Seu povo
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João
18:14
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Isaías
53:4-6
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Com
malfeitores
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João
19:18
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Isaías
53:12
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Em
inocência
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João
19:18
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Salmos
22:16
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Crucificado
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João
19:6
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Isaías
53:9
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Sepultado no
túmulo de um homem rico
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João 19:38-42
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Isaías 53:9
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Quem era Tiago, o Menor?
Foram 3 os Tiagos que apareceram no texto sagrado:
01) Tiago, filho de Zebedeu e irmão de João - Mt 4:21 .
02) Tiago, filho de Alfeu, do qual não temos muita informação - Mt 10:3 , At 1:13 , mas que, provavelmente tenha sido irmão de Mateus, já que em Marcos 2.14 Mateus, que também era chamado de Levi, era filho de Alfeu; e
03) Tiago, irmão de Jesus, por parte de pai e mãe - Mt 13:55 .
Jesus teve 04 irmãos e algumas irmãs. Dentre eles havia um chamado Tiago e que foi apelidado de "Tiago, o menor" - compare Mt 13:55 , com Mt 27:56 . Este era chamado de "o menor" por ser mais novo que o outro Tiago, o filho de Zebedeu e irmão de João. Este, sim, era primo de Jesus, uma vez que Salomé, sua mãe, era irmã de Maria, mãe de Jesus - Compare Jo 19:25, com Mc 15:40.
O que sabemos sobre o Tiago, irmão de Jesus:
TIAGO, IRMÃO DE JESUS - Existem várias referências bíblicas que afirmam que Jesus teve um irmão carnal chamado Tiago. Leia as seguintes: Mt 13:55 ; Mc 6:3 ; Gl 1:19 .
Existem outros textos bíblicos que distinguem os irmãos de Jesus dos discípulos - Jo 2:12 ; Jo 7:5 ; At 1:14.
Eusébio de Cesaréia, que viveu entre 265 e 339 d. C. e que foi considerado o Pai da História da Igreja Primitiva, faz referência a ele como "Tiago, o Justo, irmão de Jesus, o chefe da igreja cristã primitiva em Jerusalém". Em Atos dos Apóstolos Tiago aparece como sendo um dos principais líderes da Igreja em Jerusalém - At 15:13 . Paulo reconhece essa liderança de Tiago - Gl 2:9 . Nesta época o Tiago, filho de Zebedeu já havia morrido.
Flávio Josefo em sua obra "Antiguidades Judaicas", narra que um certo Tiago tomou para si o encargo de dirigir a Igreja de Jerusalém após a partida de Pedro e que participou ativamente do primeiro Concílio da Igreja (confirmando Atos 15), que tratava da questão da circuncisão e da pregação do Evangelho para os gentios, evento este que teria ocorrido por volta de 54 d.C.. De fato, tal tradição é reconhecida e confirmada por Eusébio de Cesaréia, que narra ter sido este apóstolo o líder da comunidade cristã daquele local por cerca de dezoito anos .
No seu Livro Vigésimo, capítulo 8, Flávio Josefo fala do evento da morte de Tiago com as seguintes palavras: "Anano, grão-sacrificador(Sumo-sacerdote)... aproveitou o tempo da morte de Festo, e Albino ainda não tinha chegado, para reunir um conselho, diante do qual fez comparecer Tiago, irmão de Jesus, chamado Cristo..."
Temos, portanto, referências bíblicas e referências históricas que confirmam que Tiago era, irmão de sangue, de Jesus Cristo.
Bem, a Igreja Católica ensina que na tradução para o Português utilizaram a palavra "irmão" em substituição à palavra "primo". É outra mentira que temos como refutar tranquilamente.
No site www.cacp.org.br/catolicismo/ encotramos o seguinte comentário sobre este assunto: "Em Mt 12:47 , na Bíblia católica, versão dos “Monges Maredsous”, o tradutor teceu o seguinte comentário sobre os “irmãos” de Jesus no rodapé da página: “Irmãos: na língua hebraica esta palavra pode significar também ‘parentes próximos’ ou ‘primos’, como neste caso. Exemplo: Abraão, tio de Lot, chama-o com a designação de irmão - Gn 11:27 ; Gn 13:8 .”
Outro estudioso católico afirma: “Assim sendo, é possível que por detrás dos ‘irmãos’ e ‘irmãs’ de Jesus estejam seus ‘primos’ ou ‘parentes’.
Refutação bíblica: Não existe um só caso na Bíblia, e principalmente no Novo Testamento, em que a palavra grega adelphós (irmão) é traduzida por primo ou parente.
Como já falamos, e isso é interessante, o apóstolo Paulo sabia perfeitamente usar a palavra correta para primo (anepsiós) e parente (sungenes) em suas epístolas. Não havia motivo de confusão! “Saúda-vos Aristarco, meu companheiro de prisão, e Marcos, o sobrinho de Barnabé...” - Cl 4:10 . - “Saudai a Herodião, meu parente” - Rm 16:11 .
O escritor do site acima citado ainda nos lembra outro detalhe importante: "Outro fator que corrobora com a interpretação acima é o fato de Lucas ter usado a expressão grega prototokos, que significa “Primogênito”, em relação ao nascimento de Cristo: “e teve a seu filho primogênito...” - Lc 2:7 .
Se Lucas quisesse dizer que Jesus foi o único filho de Maria, teria usado, de modo inequívoco, a expressão monogenes (unigênito, em português) que significa “[filho] único gerado”, como acontece em Jo 3:16 . Mas não, ele usou, de modo consciente, o termo certo: “primogênito”, indicando que Jesus foi apenas o “primeiro” filho de Maria, e não o “único”.
Se Jesus tivesse sido o único filho de Maria, os evangelistas mostrariam isso, de modo explícito, em seus escritos. Mas não é isso que constatamos no Novo Testamento.
Portanto, Tiago o autor da "Epístola de Tiago" é o irmão de Jesus. Ou seja, Maria não permaneceu virgem, como os católicos querem nos empurrar goela a baixo. Ela teve a Jesus e a mais 4 filhos.
Em Cristo, Ev. sandoval Juliano.
Vi no site http://www.sandovaljuliano.com.br
sábado, 28 de julho de 2012
Arminianismo, uma definição
O ensino arminiano é como segue: A vontade de Deus é que todos os homens sejam salvos, porque Cristo morreu por todos. (1 Tim. 2:4-6; Heb. 2:9; 2 Cor. 5:14; Tito 2:11,12.) Com essa finalidade ele oferece sua graça a todos. Embora a salvação seja obra de Deus, absolutamente livre e independente de nossas boas obras ou méritos, o homem tem certas condições a cumprir. Ele pode escolher aceitar a graça de Deus, ou pode resistir-lhe e rejeitá-la. Seu direito de livre arbítrio sempre permanece.
As Escrituras certamente ensinam uma predestinação, mas não que Deus predestina alguns para a vida eterna e outros para o sofrimento eterno. Ele predestina " a todos os que querem" a serem salvos — e esse plano é bastante amplo para incluir a todos que realmente desejam ser salvos. Essa verdade tem sido explicada da seguinte maneira: na parte de fora da porta da salvação lemos as palavras: "quem quiser pode vir"; quando entramos por essa porta e somos salvos, lemos as palavras no outro lado da porta: "eleitos segundo a presciência de Deus". Deus, em razão de seu conhecimento, previu que essas pessoas aceitariam o evangelho e permaneceriam salvos, e predestinou para essas pessoas uma herança celestial. Elepreviu o destino delas, mas não o fixou.
A doutrina da predestinação é mencionada, não com propósito especulativo, e, sim, com propósito prático. Quando Deus chamou Jeremias ao ministério, ele sabia que o profeta teria uma tarefa muito difícil e poderia ser tentado a deixá-la. Para encorajá-lo, o Senhor assegurou ao profeta que o havia conhecido e o havia chamado antes de nascer (Jer. 1:5). Com efeito, o Senhor disse: "Já sei o que está adiante de ti, mas também sei que posso te dar graça suficiente para enfrentares todas as provas futuras e conduzir-te à vitória." Quando o Novo Testamento descreve os cristãos como objetos da presciência de Deus, seu propósito é dar- nos certeza do fato de que Deus previu todas as dificuldades que surgirão à nossa frente, e que ele pode nos guardar e nos guardará de cair.
Extraído do livro "CONHECENDO AS DOUTRINAS DA BÍBLIA" de Myer Pearlman
quinta-feira, 26 de julho de 2012
Calvinismo, uma definição
É possível decair da graça; mas a questão é saber se a pessoa que era salva e teve esse lapso, pode finalmente perder-se. Aqueles que seguem o sistema de doutrina calvinista respondem negativamente; aqueles que seguem o sistema arminiano (chamado assim em razão de Armínio, teólogo holandês, que trouxe a questão a debate) respondem afirmativamente.
A doutrina de João Calvino não foi criada por ele; foi ensinada por santo Agostinho, o grande teólogo do quarto século. Nem tampouco foi criada por Agostinho, que afirmava estar interpretando a doutrina de Paulo sobre a livre graça.
Calvinismo
Naturalmente surge esta pergunta: Se a salvação é inteiramente obra de Deus, e o homem não tem nada a ver com ela, e está desamparado, amenos que o Espírito de Deus opere nele, então, por que Deus não salva atodos os homens, posto que todos estão perdidos e desamparados? A resposta de Calvino era: Deus predestinou alguns para serem salvos e outros para serem perdidos. "A predestinação é o eterno decreto de Deus, pelo qual ele decidiu o que será de cada um e de todos os indivíduos. Pois nem todos são criados na mesma condição; mas a vida eterna está
preordenada para alguns, e a condenação eterna para outros." Ao agir dessa maneira Deus não é injusto, pois ele não é obrigado a salvar a ninguém; a responsabilidade do homem permanece, pois a queda de Adão foi sua própria falta, e o homem sempre é responsável por seus pecados.
Posto que Deus predestinou certos indivíduos para a salvação, Cristo morreu unicamente pelos "eleitos"; a expiação fracassaria se alguns pelos quais Cristo morreu se perdessem.
Dessa doutrina da predestinação segue-se o ensino de "uma vez salvo sempre salvo"; porque se Deus predestinou um homem para a salvação, e unicamente pode ser salvo e guardado pela graça de Deus, que é irresistível, então, nunca pode perder-se. Os defensores da doutrina da "segurança eterna" apresentam as seguintes referências para sustentar sua posição: João 10:28,29: Rom. 11:29; Fil. 1:6; 1 Ped. 1:5; Rom. 8:35; João 17:6.
Extraído do livro "CONHECENDO AS DOUTRINAS DA BÍBLIA" de Myer Pearlman
sábado, 21 de julho de 2012
A Tulipa de João Calvino
É muito comum se ouvir
falar sobre “Os Cinco Pontos do Calvinismo”. Eu mesmo, quando me tornei
aluno da classe de catecúmenos, com a finalidade de ser membro da
Igreja Presbiteriana do Brasil, lembro-me de ouvir por várias vezes
falar sobre esse assunto. Contudo, meu raciocínio não era outro, senão, o
de achar que o autor destes pontos era de fato o próprio reformador do
século XVI: João Calvino. Mas somente no Seminário pude ter um contato
mais próximo com obras literárias que falavam sobre o assunto, e, desta
forma, creio ter sido esclarecido sobre o que realmente vem a ser “Os
Cinco Pontos do Calvinismo”.
Portanto, o
objetivo deste pequeno artigo é esclarecer de forma simples quem de fato
escreveu os chamados “Cinco Pontos do Calvinismo”, por qual razão e
porque eles são “cinco pontos” ao invés de sete ou dez. Além disso,
procuraremos destacar a sua relevância para a nossa teologia.
1. Autoria
Ao
contrário do que muitos pensam, não foi João Calvino quem escreveu “Os
Cinco Pontos do Calvinismo”. Talvez algumas pessoas ficarão
impressionadas com esta afirmação. No entanto, a magna pergunta que se
faz é: Se não foi Calvino, quem foi então? “Estes cinco pontos foram
formulados pelo Sínodo de Dort, Sínodo este convocado pelos estados
Gerais (da Holanda) e composto por um grupo de 84 Teólogos e 18
representantes seculares, entre esses estavam 27 delegados da Alemanha,
Suíça, Inglaterra e outros países da Europa reunidos em 154 Sessões,
desde 13 de novembro de 16 18 até maio de 1619” . [1] Portanto, peca por
ignorância quem afirma ser João Calvino o autor destes cinco pontos,
porque na verdade, a afirmação correta é que estes “pontos” foram
fundamentados tão somente nas doutrinas ensinadas por ele. Aliás, este
sistema doutrinário, se assim podemos chamá-lo, foi elaborado somente 54
anos após a morte do grande reformador (1509-1564).
2. Razão de sua Escrita
Os Cinco Pontos do
Calvinismo foram formulados em resposta a um “documento que ficou
conhecido na história como ‘Remonstrance' ou o mesmo que ‘Protesto'”,
[2]apresentado ao Estado da Holanda pelos “discípulos do professor de um
seminário holandês chamado Jacob Hermann, cujo sobrenome latino era Arminius (1560-1600).
Mesmo estando inserido na tradição reformada, Arminius tinha sérias
dúvidas quanto à graça soberana de Deus, visto que era simpático aos
ensinos de Pelágio e Erasmo, no que se refere à livre vontade do homem”. [3] Este documento formulado pelos discípulos de Arminius tinha como objetivo mudar os símbolos oficiais de doutrinas das Igrejas da Holanda (Confissão Belga e Catecismo de Heidelberg ),
substituindo pelos ensinos do seu mestre. Desta forma, a única razão
pela qual Os Cinco Pontos do Calvinismo foram elaborados era a de
responder ao documento apresentado pelos discípulos de Arminius.
3. Porque Cinco Pontos?
Este documento formulado pelos alunos de Jacob Arminius tinha como teor cinco principais pontos, conhecidos como “Os Cinco Pontos do Arminianismo”. E
como já dissemos logo acima, em resposta a este Cinco Pontos do
Arminianismo, o Sínodo de Dort elaborou também o que conhecemos como “Os Cinco Pontos do Calvinismo” ao invés de sete ou dez. Estes pontos do calvinismo são conhecidos mundialmente pela palavra TULIP, um acróstico popular que na língua inglesa significa:
T otal Depravity | Total Depravação |
U nconditional Election | Eleição Incondicional |
L imited Atonement | Expiação Limitada |
I rresistible Grace | Graça Irresistível |
P erseverance of Saints | Perseverança dos Santos |
4. Os Cinco Pontos do Arminianismo Versus Os Cinco Pontos do Calvinismo [4]
Arminianismo
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Calvinismo
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1. Vontade Livre – O
arminianismo diz que a vontade do homem é “livre” para escolher, ou a
Palavra de Deus, ou a palavra de Satanás. A salvação, portanto, depende
da obra de sua fé.
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1. Depravação Total – O
calvinismo diz que o homem não regenerado é absolutamente escravo de
Satanás, e, por isso, é totalmente incapaz de exercer sua própria
vontade livremente (para salvar-se), dependendo, portanto, da obra de
Deus, que deve vivificar o homem, antes que este possa crer em Cristo.
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2. Eleição Condicional – O
arminianismo diz que a “eleição é condicional, ou seja, acredita-se que
Deus elegeu àqueles a quem “pré-conheceu”, sabendo que aceitariam a
salvação, de modo que o pré-conhecimento [de Deus] estava baseado na
condição estabelecida pelo homem.
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2. Eleição Incondicional – O calvinismo sustenta que o pré-conhecimento de
Deus está baseado no propósito ou no plano de Deus, de modo que a
eleição não está baseada em alguma condição imaginária inventada pelo
homem, mas resulta da livre vontade do Criador à parte de qualquer obra
de fé do homem espiritualmente morto.
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3. Expiação Universal – O arminianismo diz que Cristo morreu para salvar não um em particular, porém
somente àqueles que exercem sua vontade livre e aceitam o oferecimento
de vida eterna. Daí, a morte de Cristo foi um fracasso parcial, uma vez
que os que têm volição negativa, isto é, os que não querem aceitar, irão
para o inferno.
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3. Expiação Limitada – O calvinismo diz que Cristo morreu para salvar pessoas determinadas, que
lhe foram dadas pelo Pai desde toda a eternidade. Sua morte, portanto,
foi cem por cento bem sucedida, porque todos aqueles pelos quais ele não
morreu receberão a “justiça” de Deus, quando forem lançados no inferno.
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4. A Graça pode ser Impedida – O
arminianismo afirma que, ainda que o Espírito Santo procure levar todos
os homens a Cristo (uma vez que Deus ama a toda a humanidade e deseja
salvar a todos os homens), ainda assim, como a vontade de Deus está
amarrada à vontade do homem, o Espírito [de Deus] pode ser resistido
pelo homem, se o homem assim o quiser. Desde que só o homem pode
determinar se quer ou não ser salvo, é evidente que Deus, pelo menos,
“permite” ao homem obstruir sua santa vontade. Assim, Deus se mostra
impotente em face da vontade do homem, de modo que a criatura pode ser como Deus, exatamente como Satanás prometeu a Eva, no jardim [do Éden].
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4. Graça Irresistível – O calvinismo entende que a graça de Deus não pode ser obstruída, visto que sua graça é irresistível. Os
calvinistas não querem significar com isso que Deus esmaga a vontade
obstinada do homem como um gigantesco rolo compressor! A graça irresistível não
está baseada na onipotência de Deus, ainda que poderia ser assim, se
Deus o quisesse, mas está baseada mais no dom da vida, conhecido como regeneração. Desde que todos os espíritos mortos (= alienados de Deus) são levados a Satanás, o deus dos mortos, e todos os espíritos vivos (=
regenerados) são guiados irresistivelmente para Deus (o Deus dos
vivos), nosso Senhor, simplesmente, dá a seus escolhidos o Espírito de
Vida. No momento que Deus age nos eleitos, a polaridade espiritual deles
é mudada: Antes estavam mortos em delitos e pecados, e orientados para
Satanás; agora são vivificados em Cristo, e orientados para Deus.
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5. O Homem pode Cair da Graça – O
arminianismo conclui, muito logicamente, que o homem, sendo salvo por
um ato de sua própria vontade livremente exercida, aceitando a Cristo
por sua própria decisão, pode também perder-se depois de ter sido salvo,
se resolver mudar de atitude para com Cristo, rejeitando-o! (Alguns
arminianos acrescentariam que o homem pode perder, subseqüentemente, sua
salvação, cometendo algum pecado, uma vez que a teologia arminiana é
uma “teologia de obras” – pelo menos no sentido e na extensão em que o
homem precisa exercer sua própria vontade para ser salvo). Esta
possibilidade de perder-se, depois de ter sido salvo, é chamada de
“queda (ou perda) da graça”, pelos seguidores de Arminius. Ainda, se
depois de ter sido salva, a pessoa pode perder-se, ela pode tornar-se
livremente a Cristo outra vez e, arrependendo-se de seus pecados, “pode
ser salva de novo”. Tudo depende de sua continua volição positiva até à
morte!
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5. Perseverança dos Santos – O
calvinismo sustenta muito simplesmente que a salvação, desde que é obra
realizada inteiramente pelo Senhor – e que o homem nada tem a fazer
antes, absolutamente, “para ser salvo” -, é óbvio que o “permanecer
salvo” é, também, obra de Deus, à parte de qualquer bem ou mal que o
eleito possa praticar. Os eleitos ‘perseverarão' pela simples razão de
que Deus prometeu completar, em nós, a obra que ele começou. Por isso,
os cinco pontos de TULIP incluem a Perseverança dos Santos .
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5. Considerações Finais
Para
inteirar o leitor do todo da história, Spencer nos diz que após o
Sínodo de Dort se reunir em 154 Sessões num “completo exame das
doutrinas de Arminius e comparar cuidadosamente seus ensinos com os
ensinos das Escrituras Sagradas, chegaram à conclusão que os ensinos de
Arminius eram heréticos”. [5] “E não somente isto, mas o Concílio impôs
censura eclesiástica aos ‘remonstrantes' depondo-os dos seus cargos, e a
autoridade civil (governo) os baniu do país por cerca de seis anos”.
[6]
Diante disso,
creio que a diferença crucial entre o Arminianismo e o Calvinismo se
resume na palavra Soberania. Enquanto os calvinistas entendem que Deus
opera a salvação na vida do ser-humano conforme a sua livre e soberana
vontade, os arminianos salientam que o homem é capaz de por si só querer
ou não ser salvo. Se partirmos da premissa que o homem está
completamente morto diante de Deus como nos ensina Efésios 2:1,
entenderemos porque a salvação depende tão somente da graça e da
misericórdia do SENHOR, pois “não depende de quem quer ou quem corre, mas de usar Deus a sua misericórdia”
(Rm 9:16). Portanto, creio que os objetivos deste artigo foram de fato
alcançados, demonstrando assim a verdadeira história dos “Cinco Pontos do Calvinismo”.
Que assim, queira o Senhor nosso Deus nos abençoar e nos dar sempre a
graça de sermos verdadeiros propagadores da história reformada.
NOTAS:
[1] - Tradução livre e adaptada do livro The Five Points of Calvinism, www.unifil.br/teologia/arquivos/ cincopontoscalvinoesboco.pdf
[2] - The Five Points of Calvinism, p. 1, ob.cit.
[3] - Duane E. Spencer, TULIP, Os Cinco Pontos do Calvinismo à Luz das Escrit uras, p. 111-112, Parakletos, 2ª Edição – São Paulo – 2000.
[4] - Esta síntese foi retirada do livro TULIP , p. 15-19.
[5] - TULIP , p. 112.
[6] - The Five Points of Calvinism, p. 6.
Rev. André do Carmo Silvério
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